sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CONDENAR-ME

Tu podes condenar-me por querer?
Não vejo competência em tuas mãos
Para que possa além dos vulgos grãos
Sementes variadas conceber

E nelas se desvenda o bom prazer
Diverso do que dizem os cristãos
E quando umedecidos os meus vãos
Vontade insaciável; passo a ter.

E teimo em não saber de falsas normas,
E quando em tua mente me deformas
Não sabes, mas me deixas mais feliz,

À santa puritana, tola e rígida
Que sei ser na verdade quase frigida,
Prefiro ser a puta, a meretriz.

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