quarta-feira, 10 de março de 2010

00758

Vasculho dentro em mim e nem sinais
Do todo que pensei pudesse ter
Na ausência tão funesta do prazer,
Aonde poderia ter um cais?

Vencida pela mesma insanidade
Que tanto me maltrata ultimamente,
O amor intempestivo não desmente
Enquanto a cada dia se degrade,

Sem louros de vitória, sem troféus
Sequiosa nada tendo busco a fonte,
Aonde o coração ainda aponte,
Embrenho meu delírio em falsos céus,

Ainda que este mundo vão desabe,
Vestindo esta ilusão que não me cabe.

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