quarta-feira, 10 de março de 2010

00769

E quando me pergunto onde tu andas
Depois de tanta dor em vaga ausência
O mundo se desnuda em impotência
E vivo o meu destino noutras bandas.

Ao ver já retratado este vazio
Que foi meu companheiro a vida inteira,
A sorte pelos cantos já se esgueira
E apenas o não ser vejo e recrio.

Astuciosamente o tempo diz
O verso mais audaz e tão cruel,
Aonde quis ternura tenho o meu,
E assim prossigo amarga ou infeliz.

Apenas a tristeza eu conheci
Durante as minhas idas por aí.

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