quarta-feira, 10 de março de 2010

00784

E sem saber sequer o que é viver
Vasculho os meus guardados, dor e festa,
E quando à fantasia amor se presta
Depois de certo tempo; desprazer.

Encontro nos baús, velha lembrança
Do tempo aonde a sorte se dizia
Em tanto brilho e bebo da alegria
Aonde o coração audaz se lança.

Mas quando se tornou cruel outono
O frio se tornando mais freqüente,
Apenas meu inverno se pressente
E nele esta impressão, vago abandono

Somente medos tantos nascerão
E o tempo sonegando outro verão.

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