quarta-feira, 10 de março de 2010

00786

E sei que na verdade não virão
Os dias que talvez pudesse ver
Ao entranhar em mim tal desprazer,
O medo transtornando leva ao chão

Os sonhos de um momento feito em paz
Depois de inúteis passos por aí
E tudo o que deveras concebi
Transforma-se em delírio tão mordaz.

A morte se aproxima dos meus olhos
E nela talvez tenha um lenitivo,
Cansada de penar, só sobrevivo
Andando em tais caminhos, mil abrolhos.

Agora o que em verdade ainda resta?
Viver se traduzindo em voz funesta.

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