sexta-feira, 12 de março de 2010

00902

Pudesse ter nos olhos a alegria
De quem se preparou para saber
Da vida desenhada com prazer
E a sorte cruelmente tudo adia.

A porta que se abrira está fechada,
Caminho pelo qual já não consigo
Saber sequer se existe algum abrigo
Vivenciando o eterno e frio nada.

Amenas ilusões, cruas mentiras,
Acordo sem ninguém, torpe rotina,
Um sonho tão somente me alucina
Aonde mansamente em mim te atiras.

Quem dera ser feliz, ah quem me dera,
Já não veria morta, a primavera...

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