sexta-feira, 12 de março de 2010

00907/ 908

E quando a solidão feroz se aflora
Não deixa sobrar pedra sobre pedra
O amor quando demais a gente medra
E tudo num momento vai embora.

Adentro os mais fantásticos caminhos
E neles adianto cada passo,
Felicidade em sonhos, sei que traço,
Criando com prazer diversos ninhos.

Mas tudo não passando de ilusão
A queda se anuncia e num tropeço,
Do quanto desenhara em paz esqueço
O vento muda então de direção

Morrendo dentro em mim a fantasia
E a sorte cruelmente tudo adia.




E a sorte cruelmente tudo adia
Terrível amargura em mim se avança
Matando o que restara da esperança
Gerando tão somente esta agonia.

E o beijo deste amado já não sinto,
Tampouco o seu carinho, tão ausente
O fim do sonho agora se pressente
Amor que tanto quis se vendo extinto

As chaves da emoção segredos tantos,
Delírios entre noites, gozos fartos,
Vagando vez em quando noutros quartos,
Colecionando apenas desencantos.

Quem tanto desejara primava,
A sorte num instante destempera

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