segunda-feira, 15 de março de 2010

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“O teu beijo de pedra horrendo e frio”
Explode-se em meu rosto, gelidez,
Num tétrico momento se desfez
Quimérica loucura onde desfio

O gozo em histriônica loucura,
Espasmos entre luzes, medos, sombras,
E quando se deitando nas alfombras
Diversos os delírios, dor e cura.

Etéreas maravilhas entre farsas,
Ecléticos prazeres divinais
Iridescentes primas em cristais
Enquanto me seduzes e me esgarças

Meteoros vagando pelo espaço
Ourives da emoção, teu corpo traço...






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Ourives da emoção, teu corpo traço
Em lúbricos delírios, luzes fartas,
E quando dos meus olhos tu te apartas
Seguindo feito um louco cada passo,

Esgueiras entre becos, vilas, ânsias
E tramas com sorrisos gozos vários
Moldando prazerosos, teus cenários
Gerando as mais diversas discrepâncias.

Estrídulos noturnos, vagas ondas,
Marulhos entre risos; bebes lua
E vendo a tua imagem clara e nua,
Enquanto meus desejos buscas, sondas.

Nefasto sonho em gozo assim descrito:
“Podridão feita deusa de granito.”

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