segunda-feira, 15 de março de 2010

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“tereis o entendimento de meus versos,”
Assim quando notardes os caminhos
Por vezes são fugazes e sozinhos,
E quando estou distante; mais dispersos.

E tendo-vos amado mais que posso
Verdades incontidas sobrevêm
Andando da esperança mui aquém
Percebo quão constante ando assim, vosso.

Encanta-me o saber do Vosso Amor
Vencendo os mais diversos sofrimentos,
Adentrando-me então meus pensamentos,
Saber-vos com carinho é qual louvor.

Das águas cristalinas, pura fonte,
O Amor que nos conforta, a foz aponte...

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O Amor que nos conforta, a foz aponte
E adentre Mar imenso em belas sendas
Distante dos receios, fujo às lendas
Envolto em rara luz neste horizonte.

Servir-vos e poder seguir adiante
Com passos destemidos, vigorosos,
Sabendo quão diversos, caprichosos
Caminhos condizentes; diamante.

Ao enfrentar tempestas e procelas,
Navego em águas frias e sigo ausente
Do siso necessário, e se pressente
Atado às vossas mãos, sublimes celas.

Selando com prazeres raro Amor
Nesta esperança clara que se assoma,
E toda esta magia assim nos toma,
Traçando algum caminho redentor.

Invade-me e controla o pensamento
“esperança de algum contentamento.”


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“esperança de algum contentamento”
Domina cada passo rumo ao Norte
Aonde se sanando dor e corte,
O Amor trazendo enfim, suave alento.

Ser-vos-ia demais pedir num sonho
Belezas entre tantas, mais perfeita,
O meu olhar em vós, já se deleita,
Enquanto um Paraíso, enfim componho.

Por ter-vos tão somente nos meus olhos,
Sabendo-vos Senhora dos meus dias,
Espalham-se sobejas alegrias,
Deixando no vazio tais abrolhos.

Iremos dois libertos passarinhos
Assim quando notardes os caminhos

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