domingo, 23 de maio de 2010

33851 até 33900

33851


Momentos discordantes
Vivências tão diversas
E quando ainda versas
Conforme se fez antes
Olhos deslumbrantes
Noites mais dispersas
Entre tons, conversas
Dias fascinantes,
Busco alguma luz
Nada reproduz
O quanto nunca pude
Ausente de mim,
Vou chegando ao fim,
Morta a juventude.

33852

Frutos generosos
Sonhos mais audazes
Quando ainda trazes
Ritos risos gozos
Tempos majestosos,
Dias mais mordazes
Vida feita em fases,
Termos caprichosos,
Ganho ou perco o jogo
Penso em prece e rogo
Nada mais valia,
Morte adentra à bala
O silêncio fala
Turva sincronia.

33853


Vulgares ternuras
Medos inconstantes
Olhos degradantes
Inúteis procuras
E quando torturas
Logo te adiantes
Mudas por instantes
Tramitas loucuras,
Sendo assim a vida
Entre pó poeira
Sorte aventureira
Rota distraída,
Nada mais se queira
Leda despedida...

33854


Com seus pés morenos
Dias noites tardes
Quanto mais retardes
Outros sonhos plenos
Diversos venenos
Inda quando aguardes
Noutro tanto guardes
Olhos mais amenos,
Bebo a tempestade
E se tanto agrade
Vomito este pus
Onde tantas vezes
Sonho dita reses
Sonegando a luz.


33855

Tenta em elegância
Passo mais audaz,
O que tanto faz
Não diz discrepância
Busco alguma estância
E se tento a paz,
Nada satisfaz
Nem a nova instância
Gero o que não quero
Mergulho sincero
Noutra tempestade,
Beijo a morte em vida,
E sem ter saída
O terror me invade.

33856


Entre as tais beldades
Luas mortas vejo
E sequer desejo
Novas claridades
Onde as liberdades
Verso mais sobejo
Tento outro lampejo
Mesmo que tu brades,
Grades são constantes
E se permanentes
Quanto mais tu sentes,
Maiores levantes,
Rendo-me ao não ser,
Mato algum querer.


33857

Outros frutos puros
Feitos dos meus dias
Onde merecias
Sem sequer apuros,
Cortes bem mais duros,
Mas as heresias
Entre as ventanias
Cobram altos juros,
Lembro cada fato
E se eu me retrato
Mera circunstância
Corte na raiz
Onde fui feliz
Viva discordância...


33858


Virgens paraísos
Olhos indiscretos
Poemas concretos
Ausentes juízos
Riscos, prejuízos
Contos prediletos
São diversos vetos
Mas poucos os sisos,
Entre cataclismo,
Quando tento e cismo
Abismos gerados,
Dias novos quando
Outro transbordando
Mortos os legados.

33859

Carne que macia
Atrai predadores
Onde houvera flores,
Farta fantasia
Nada mais havia,
E se ainda fores
Não verás as cores,
Ausente utopia.
Tento nova chance
E quando se lance
Noutro fato a vida
Resto sem ninguém
O que me contém
Deveras acida.

33860

Ledas mordeduras
Fera incontrolável
Onde achara amável
Noites vãs e escuras,
E quando não curas,
Tempo inadiável
Noutro tanto arável
Fartas amarguras.
Sendo a vida assim,
Vasculhando em mim
Restos do que um dia
Pude acreditar
Mas sem ter luar,
Onde há poesia?


33861

Vencer o pecado
E crer no futuro
Se tanto procuro
O bem sonegado
Ouvindo o recado
Andando no escuro
Porquanto inda juro
Não ter escutado,
Resumo-me ao fato
De ter mais ingrato
O rumo que tento
Assim sem destino
O quanto o menino
Buscara um provento.


33862

Jogado nas ruas
Entregue às rapinas
Corpos de meninas
Bonitas e nuas
Aonde cultuas
As dores fascinas
Também exterminas
As carnes mais cruas
Recebo em desdém
O quanto convém
A quem mais pudesse
Sentir a promessa
No corpo tropeça
Rezando uma prece.

33863

Jorrando sem medo
Olhando pro nada
Aonde esta estada
Por vezes concedo
E assim se procedo
Buscando esta alçada
Por tanto tocada
Ausente segredo,
Resumo o meu fardo
Enquanto resguardo
Meu mundo no vão
Entrego-me ao tanto
E quando me espanto
Esqueço o verão.


33864

Rasgando o meu terno
O mundo outro rumo
E quanto resumo
Da vida em inferno
Queria e em hiberno
No quanto eu assumo
E teimo e consumo
Na ausência do eterno,
O corte mais fundo
Do nada me inundo
E bebo o vazio,
Por ter sobre mim
O peso do fim,
O dia eu desfio.

33865


Nas mãos o cajado
No olhar o horizonte
O quanto se aponte
A cor do pecado,
O risco marcado
O tempo defronte
A vida sem ponte
O corpo velado,
A morte não trama
Além do que é chama
E clama por isto,
No tempo mais duro
O chão que procuro,
Aonde eu desisto.


33866

No peito o carrasco
Nas mãos a promessa
O tempo professa
Arrebata o casco,
O vento o teu asco
A sorte confessa
E nada se expressa
Temendo o fiasco,
O peso da vida
A sorte sentida
Sentidos; confisco
E tento outra sina
No quanto destina
A vida, este risco.

33867

Cevara o vazio
E tento outra sorte
No quanto fui forte
No quanto sou frio,
Morrendo este rio
Sem ter mais aporte,
Na dor que conforte
No meu desvario,
Resumo este pouco
E quando treslouco
Encontro a saída,
Assim sem paragem,
A vida é viagem
Há tanto perdida...

33868

Lavando os teus pés
Olhando este solo,
A vida sem dolo,
Razão sem galés
Os dias viés
O quanto me assolo
Na ausência de colo,
Buscara outras fés,
A roda do tempo
Vital contratempo
Não pára sequer
E tento outro rumo
Porém já me esfumo
Se nada vier.

33869

Ourives do sonho
Palavras cultivo
E quando inda vivo
O passo reponho
Se tanto é medonho
Do quanto me privo
Encanto cativo
E nada proponho,
Assumo meu erro
Bebendo o desterro
O tiro, o penhasco,
O amor maltrapilho
Estrelas que trilho
Buscando o carrasco.

33870

A vida é clichê
E nela acredito
Além do finito
Quem sabe o por que,
Mas quando se vê
O quanto é bonito
O mundo em que omito
Negando um cadê
Resisto o que possa,
A vida diz troça
Destroça a verdade
E o cume do monte,
No quanto desponte
Nega a claridade...

33871

Riscado do mapa
O corpo celeste
Enquanto reveste
Com dor esta capa
O medo me encapa
E tudo se investe
No quanto é agreste
Ou quando se escapa
Das mãos do poeta
A vida completa
Ou mesmo um pedaço
Se tanto queria
Viver fantasia,
Caminho desfaço.

33872

No tempo ou no vento
No riso ou na praga,
A morte me afaga
Ditando o momento
Se quando me alento
Cultivo esta chaga
Vagando outra plaga
Permaneço atento
O pranto o sossego,
A falta de apego
O corte profundo,
Galgando o infinito
O quanto não grito
De dores me inundo.

33873

Dos braços em teia
Do tempo em pedaços
Os olhos tão baços
A vida incendeia
A sorte se alheia
Os dias são traços
E neles regaços
O quanto se anseia
A mão sobre mim,
O vento, o jardim,
A seca, aridez,
Jogado num canto
No verso que canto
Meu mundo não vês.


33874

A pesca e o anzol,
O rito o ciúme,
A sorte o costume
O medo arrebol,
À sede de sol
Que tanto acostume
Ou mesmo se aprume
Viver sempre em prol
Do todo ou do nada
A sorte moldada
Nas ânsias da vida,
E assim percebendo
O tempo morrendo
Curada a ferida.

33875

Dos tantos jargões
Adágios diversos
Também os meus versos
Encontram razões
Em tantos senões
Caminhos perversos
Nos olhos imersos
Nos velhos porões,
Portões já fechados
Destinos negados
Ausência de paz,
A morte é saída
E tanto pedida,
Que nunca se faz.


33876

O quanto pudera
Saber de outro dia
Aonde se urdia
A sorte, esta fera
Se o medo me gera
Também me irradia
Fatal utopia
Não posso e tempera
Sangria se estanca
E quando me espanca
A vida me ensina,
Percorro o vazio
E tanto desfio
Corcel perde a crina.


33877

No preço a pagar
No riso alegado
O tempo traçado
Sem nunca chegar,
A lua a vagar
O olhar desprezado,
O vento, o recado
O vento solar,
A carne se expõe
O tempo compõe
E nada refaz
Se eu mais inda quis
Gerei cicatriz
Terrível, mordaz.

33878

Ouvindo esta voz
Distante de mim,
O cheiro, o capim,
O passo veloz,
O quanto este algoz
Bebera sem fim
O mundo em que vim
Sem rio e sem foz,
Acasos e ocasos
Em dias sem prazos
Em ritos vulgares,
Por tanto não vês
Quanta insensatez
Aonde tocares.


33879

Dos velhos umbrais
O vento batendo
O sonho estupendo
Dizendo jamais
Os sóis e os varais
O medo se erguendo
Passado movendo
Tomando os quintais,
Assim não resisto
E quando persisto
Encontro o meu eco
No peso, no fardo
O passo retardo
E assim amo e peco.

33880

Pegadas no chão
São rastros do quando
O tempo mudando
Traçando o verão,
Em nova ilusão
O mesmo se dando,
O mundo negando
Qualquer solução,
Quisera talvez
O quanto não crês
Nem mesmo pudera
Mas sei do que tanto
Gerasse este pranto,
Morta a primavera.


33881

Aos sonhos se brinda
Na noite medonha
E quando se sonha
Porquanto se finda
O tempo deslinda
A morte proponha
Aonde se exponha
Deveras, ainda
A face da sorte
E quando comporte
Etéreos momentos
Ascendo ao celeste
Porquanto vieste
Trazendo teus ventos.

33882

Chamadas ao léu
O corte a semente
O todo pressente
Qual um carrossel
Tocando o meu céu
No todo ou no ausente
Amor se freqüente
É sede de fel,
O gesto, o progresso
O novo regresso
Começo do fim,
O tempo se trama
Na fúria da chama
Que acende o estopim.

33883


Não choro se a vida
Percorre outro tanto
E quando me encanto
Encontro a saída
Se tanto perdida
Ou mesmo entretanto
No parto no espanto
Nas ânsias urdida
Peçonha diversa
Ao nada se versa
E gera o vazio,
Assim também sou
Se nada restou
Também me recrio.

33884

Palavras e vento
Senzalas e medo
O tanto concedo
E beijo o provento
Enquanto me invento
Traçando outro enredo
Vedado segredo
O nada eu fomento,
Atento ao que fora
Vital sonhadora
Palavra sem nexo,
Do quarto vazio
Aonde me espio,
Ali, meu reflexo.

33885

Um gesto um sinal
O corpo se esvai
E quando se trai
A sorte final,
Ausente degrau
O sonho já cai
E o nervo contrai
Caminho abissal,
Navego sem rumo,
E tanto me esfumo
Enquanto me faço,
Do todo que um dia
Pensara seria
Não resta um pedaço.

33886

Janelas do peito
Abertas a quem
Bebendo este bem
Mesmo contrafeito
Derrotas aceito
E tento o que vem,
O quanto contém
Diverso do pleito
Não posso sentir
A luz de um porvir
Se a morte me ronda,
Quem dera voltasse
Negasse este impasse
A vida sendo onda.

33887

Meu verso se faz
No tempo passado
O sonho acabado
Ausência de paz,
O quanto é capaz
De ter sempre errado
O rumo negado
O vento mordaz,
Alheio à promessa
O medo confessa
E o jeito é tentar
Embora distante
Um mundo, um instante
Num outro lugar.

33888

O quanto não peço
Nem possa pensar
No tempo a passar
Meu erro confesso
E se nada meço
Nem pude contar
Estrela e luar
Distante sucesso,
Vagando entre estrelas
Pudesse contê-las
Quem sabe teria
A noite mais clara,
Porém se declara
Ausente e sombria...


33889

Escrevo o que sinto
Ou mais se tentasse
Vencer noutra face
O medo, este instinto
Pensara que extinto
Mas sempre inda grasse
Jamais se negasse
Por isso é que minto,
Ou digo a verdade
Ou mergulho em vão
O tempo o senão,
A morte, esta grade
Consagro este cerco
Enquanto me perco.


33890

Preciso este passo
Num rumo qualquer
Não sei se vier
O quanto desfaço
Ou mesmo se traço
Um gozo sequer,
Pudesse o que quer
Mas sei do cansaço,
A voz se calando
O tempo negando
O quanto viria,
O jeito é tentar
Mesmo devagar
Vencer outro dia.


33891

Quisera ser sonho
O quanto perdi
E vendo daqui
O quadro bisonho
Se o todo reponho
Disperso senti
Olhar posto em ti,
Por vezes tristonho.
Quanta luminária
Na vida corsária
O saque, o final,
Assim rapineira
Aos poucos se esgueira
Só resta um degrau...

33892

Cevando o vazio
O quanto se colhe
O amor se recolhe
Num tempo sombrio,
O vento me escolhe
Também desafio
E quando o recrio
Em dilúvio molhe
O passo diz lama
O traço se trama
O drama não traz
Sequer fantasia
Mergulho a utopia
Procurando a paz.

33893

A morte me espera
E bebe o futuro
Do quanto procuro
A dor, a quimera
No fundo tempera
O tempo mais duro,
Encontrando o muro
Saltando esta fera
Terrível sangria
O mundo se erguia
Do fim ao começo,
Amor diz do nada
Muda de calçada,
Um mero adereço.

33894

Serena-me o peito
O fim que se vê
O nada o por que
O corte se aceito
E quando me deito
Casas de sapê
Amor nada crê
Apenas enjeito,
Revivo o passado
A chaga o pecado
Recado do fim,
A farpa penetra
A noite discreta
Não há nada em mim...

33895

Alheio ao caminho
Esbarro no quando
O mundo negando
Seguindo sozinho,
O tempo, o carinho,
O risco nefando
A vida pesando
Sonho passarinho,
Sem eira nem beira
A sorte estradeira
Vagando sem rumo,
Enquanto me busco
No solo mais brusco
Assim eu me esfumo...


33896

Aporto no cais
Distante do sonho
No quanto me enfronho
Já sei nunca mais,
Outrora demais
Agora bisonho,
O fardo medonho
Dias magistrais
Olhares distantes
Sutis diamantes
Instantes de dor,
O carma, o pecado,
A sanha e o recado,
E nada a compor.


33897

Lavando em segredo
O peso da vida
No quanto é sofrida
Temor e degredo
Vivendo procedo
E tento a saída
E quando surgida
Eu vejo e concedo
Algum manso alento
E quanto mais tento
Perdido me encontro,
A sorte não nega
O vento carrega
Fatal desencontro.

33898

Cerzindo esta face
Em tramas discretas
Palavras concretas
Conduzem o impasse
E quanto mais passe
Além destas metas,
As vozes depletas
E nada se trace,
Resisto o que posso,
O mundo se é nosso
Também o perdi,
O que me restara
O corte, outra escara,
Encontrei em ti.

33899

Escuto esta voz
Do tempo que escorre
A vida de porre
O medo se atroz
Assim corto os nós
E nada socorre
Quem tanto hoje morre
Na sorte sem foz,
Ouvindo o vazio
Ainda recrio
O mundo em segredo,
Mas sei do futuro
O passo no escuro
Num rumo tão ledo.

33900

Após o vazio
O quanto virá?
O sol brilhará
Em tempo sombrio?
Fatal desvario
Eu sei desde já
E tudo trará
A ausência de rio,
A morte na curva
A visão tão turva
O beijo do espinho,
Legado que deixo,
Porém não me queixo
Não morro sozinho...

3 comentários:

Anônimo disse...

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