quinta-feira, 17 de junho de 2010

37301 até 37340

1


Meu arrependimento
O de não mais saber
Aonde me esconder
Do imenso e forte vento
E quando mesmo eu tento
E busco algum prazer
Sem nada, passo a crer
Na vida em desalento,
Buscara ter ao menos
Em dias mais amenos
A sorte que transforma,
O tanto não traduz
O quanto em força e luz
O amor tomasse a forma.

2

Inverno derramando
A neve sobre o sonho
Um ar turvo e medonho,
Num tempo mais infando,
Eu sei e sinto quando
O quanto te proponho
Vencendo este bisonho
Delírio me tomando,
Não pude acreditar
Nas voltas do luar
Nem mesmo na promessa
De um dia aonde eu possa
Vencer e o medo e a fossa
E a vida recomeça.

3

A morte se mostrara
A quem não mais queria
Somente em agonia
A vida sendo amara,
O olhar gerando a escara
O tempo em heresia
A velha sintonia
Meu mundo não ampara,
O corte se tramando
Aonde quis mais brando
O tempo não será,
Eu vejo o meu caminho
E sei quanto sozinho
Meu mundo calará.


4

Nos pinheirais flocados
Olhares mais diversos
E busco com meus versos
Trazer novos recados,
Os dias sem enfados,
Os cantos mais perversos,
E neles vejo imersos
Momentos delicados,
Reinando inteira paz
E nela sendo audaz
Meu passo não se trama
Aonde a dor vigora
E sei sem ter demora,
A vida em fúria e chama.

5

A sombra estonteante
Do amor sem mais escusas
As horas tão confusas
O canto delirante
A cada novo instante
Enquanto não abusas
Das ânsias mais obtusas
Aonde se agigante
O passo de quem busca
Real felicidade
Ainda atrás da grade
A sorte dura e brusca
O medo não sacia
Quem ama a fantasia.

6

Traz-me estas lembranças
De dias mais felizes
E agora após as crises
Terrores e mudanças
Diversas alianças
E nelas os deslizes
Ainda contradizes
Enquanto não avanças
Gerando o mal estar
Aonde quis buscar
A luz que não havia,
Assim ao me sentir
Sem luz e sem porvir
Não vejo novo dia.

7

É fronde que promete
O tempo mais feliz
E quando em cicatriz
A vida me arremete
E nega algum confete
Aonde bem mais quis
Sabendo este aprendiz
E a ele não compete
Viver o quanto posso
Ou mesmo não endosso
O passo rumo ao farto,
Assim felicidade
Enquanto se degrade
Aos poucos eu descarto.

8


Desejo bem mais forte
Que posso ainda ter
Além do desprazer
Da dor que não suporte
Enfrento a dura sorte
E tento convencer
A vida a me querer
Embora não conforte,
Eu teimo em emoções
Diversas das que pões
Ou tramas dia a dia,
Vencer os meus segredos,
Os dias morrem ledos,
Total hipocrisia.

9

Pássaros que chilreiam
Em tarde maviosa,
Além da bela rosa
Os olhos te rodeiam
E tanto sempre anseiam
Quem sabe ser formosa
A senda majestosa
E nelas se permeiam
Delírios entre cores
Por onde ainda fores
Terás a companhia
De quem tanto te gosta,
E sendo a vida exposta
Permite esta alegria.

10

Torturas, sofrimentos
Delírios de quem ama,
E quando a vida é drama
Ainda em pensamentos
Diversos desalentos
A sorte se reclama
O tempo nega a chama
Alheios sentimentos,
Resumo em verso e canto
O que desejo tanto
E nunca mais retive,
Quem vive sem amor,
Do modo como for,
Apenas sobrevive.

1

Constantes meus martírios
Jamais me deixam ver
O quanto pude ter
Ausente em tais delírios
Vencido pela pressa
Aonde o nada doma
O coração sem soma,
Apenas já tropeça
Atropelando a vida
E nada mais se vê
Somente e sem por que
A história repetida
De um amor tão incauto,
Mordaz em sobressalto.

2

Em plena insensatez
O mundo não mais cria
Apenas fantasia
É o que decerto vês
E nada ainda fez
Quem tanto mais queria
Saber desta alegria
E nela a lucidez,
Morrendo a cada instante
Aonde se agigante
A luz que não verei,
Mortalha da ilusão
Meu tempo é sempre em vão,
Vazia a minha grei.


3


Revigoram-se, fortes
Meus passos rumo ao quando
Pudesse transformando
Mudando velhos nortes,
E sempre me confortes
Assim o mundo é brando
O corpo se tornando
Em dias sem recortes,
Percebo a claridade
E quando a luz invade
Domando cada passo,
Um novo amanhecer
E nele este prazer
A cada dia eu traço.

4

Perdidos passarinhos
Ausência de algum porto,
O sonho dita o aborto
Os dias são daninhos,
E quanto mais mesquinhos
Mais tolo estando morto
O vento gera absorto
Delírio em maus caminhos,
Não pude discernir
Ainda se há por vir
O brilho da esperança
O meu olhar te espera
E sabe desta fera
Aonde a voz alcança.


5


Liberdade, refém
Do amor que não mais vejo
E quanto mais andejo
Deveras nada vem,
Pudesse ter alguém
É todo o meu desejo
Apenas num lampejo
Mergulho e sei que tem
A sombra de um passado
Aonde desfraldado
O passo se remete
Ao tanto que pudera,
Sem ver a primavera,
O fim já se promete.


6

Saudade temerária
Tomando cada passo
Ocupa risco e traço
Imensa e procelária
O quanto em alimária
Destino agora traço
E sigo este compasso
Numa alma vã, corsária
Pudesse ter em mente
O amor e nele crente
Singrar imenso mar,
Quem sabe desta forma,
A vida se transforma
E dita o bem de amar.


7


Ataca a formidável
Loucura onde se tem
O medo este desdém
E um tempo nunca arável,
O amor quase intragável
O passo sem ninguém
O medo me convém
Ou nele mais afável
Eu vejo este futuro
E quanto mais procuro
Percebo mais distante,
Quem sabe e se permite
Na vida sem limite,
Descobre um diamante.


8

Nas mãos somente, versos,
E nada mais que sonho,
O quanto te proponho
Além dos universos
Momentos mais diversos
Embora em enfadonho
Caminho hoje me enfronho
E tento outros diversos,
Nasci para sonhar,
Poeta não tem jeito
E quando em vão me deito,
Procuro algum luar,
As brumas avançando,
E a noite em ar infando...

9


Uma deusa surgindo
Nos céus em que bebi
O amor quando eu te vi
Cenário claro e lindo
E agora se deslindo
O todo pressenti
O mundo bem aqui
E sendo assim eu brindo
À sorte de poder
Saber deste prazer
E nele mergulhar,
Sem medo de sentir
O quanto que há de vir,
Nos raios do luar.


10

Ao trazeres teus dias
Em luzes mais sublimes
No quanto tanto estimes
Ou mesmo me irradias
Diversas fantasias
E nelas já reprimes
Os dias que lastimes
E tantas alegrias
Servindo de mortalha
A quem tanto batalha
A vida não permite
Um sonho muito além
Do quanto nos contém
Sem ver qualquer limite.

1

Nevrálgicos sentidos
Momentos discordantes
E quanto me garantes
Depois de percebidos
Tormentos doloridos
E sei quanto brilhantes
Pudessem delirantes,
Porém são esquecidos,
Restando quase nada
Da luz desta alvorada
Aonde eu quis bem mais,
Vencer os meus temores
E sendo como fores
Delírios magistrais.

2


Na vida sempre fomos
Caminhos mais diversos
E agora não dispersos
Unindo velhos gomos
Teimamos contra a sorte
E nada nos diverge
Agora se converge
O passo rumo ao norte,
Vagando sobre espinhos
Já não nos deteremos,
E sei que assim seremos
Em dias mais daninhos,
O mundo ao nosso lado,
O sonho demonstrado.

3

De todas as belezas
Que um dia pude ver
A vida em tal prazer
Tramando tais certezas
Vencendo as correntezas
Gerando o que faz crer
Na sorte a amanhecer
Matando tais tristezas,
Cenário mais sublime
Aonde tanto estime
Quem mais se mostra além
Da dor fria e constante
Enquanto me agigante
A paz que amor contém.

4


Que pintam artesãos
Aos sonhos mais felizes
E neles sem deslizes
Os dias não são vãos,
Encontro nos teus laços
Os tempos entre luzes
E assim tu me conduzes
Deixando além os traços
Em tanta maravilha
A vida se transcorre
E o amor enfim socorre
Quem dores tanto trilha,
Vestindo esta emoção
As sortes já virão.

5

As flores me negaste
Depois de tantos anos,
Agora em desenganos
Apenas o desgaste,
Eu sei que sou tal traste
Em erros desumanos,
Os dias mais profanos
Aonde sonegaste
A mera fantasia
Que tanto poderia
Traçar outro caminho,
E quando já se vê
A vida sem por que
Meu mundo é mais daninho.


6

Teus planos invadiram
Os sonhos de quem clama
Buscando acesa chama
Aonde se sentiram
Momentos dividiram
A vida em luz e drama
E tanto se reclama
Dos dias que impediram
O passo mais além
E tudo ainda tem
Decerto o teu perfume,
Meu coração seguindo
O tempo amável, lindo
Aonde se acostume.

7

Faróis que sempre ditam
Os sonhos mais audazes
E quando tu me trazes
Palavras se creditam
A quem mais desejara
Na vida algum alento
E quantas vezes tento
A vida bem mais clara
Seara divinal
Aonde sempre quero
Embora mesmo fero
O amor por ritual,
Vencer as minhas dores,
Seguir por onde fores.


8

Liberdade resulta
Neste maior dilema
Sem nada que se tema
A sorte nega a multa
E quando já se ausculta
A morte não algema,
Nem mesmo o tolo emblema
Nem medo já se oculta,
Apenas vejo assim
O amor dentro de mim
Vivendo etereamente
O tanto quanto posso
Ainda já me aposso
Do amor intensamente.

9

Enojada, me dizes
Dos dias mais sutis
Aonde fui feliz,
Embora em tais deslizes
Diversas cicatrizes
Ou mesmo por um triz,
Buscando ator e atriz
Vencendo nossas crises,
E sei que na verdade
O passo já degrade
E nada se credita
Na conta de quem ama,
Mantendo sempre a chama
Decerto, a mais bonita.

10

Sabendo que jamais
Terei outra alegria
O tanto já se via
E nisto muito mais,
Ouvindo os vendavais
A sorte não teria
Sequer a fantasia
E nela atemporais
Momentos são diversos
E quando tento em versos
Falar deste carinho,
Apenas no mergulho
Encontro o pedregulho
E nele cada espinho.


1

Mas amo tua forma
E tento sem demora
O quanto já decora
Amor que nos transforma
E tanto concedendo
Um dia mais feliz
Aonde outrora em gris
Mortalha se tecendo,
Vivendo por viver
Ausente do teu braço
O sonho já desfaço
E morro em desprazer,
Mas quando logo vens
Do amor somos reféns,


2

Teus olhos e teus cantos
Delírios sem igual,
Amor irracional
Profusos tais encantos
E neles nossos mantos
Num velho ritual
Vagando triunfal
Caminho que entre tantos
A vida nos permite,
E quando sem limite
O espaço se concebe
Beleza incomparável
Num dia interminável
Domina inteira a sebe.

3



Ao musicalizar
O tempo em rara voz,
O quanto fora atroz
Agora a se mostrar
Beleza já sem par,
E nela sendo a foz
O amor atando os nós
Sem nada separar,
Podendo ser assim
O sonho já sem fim,
Imenso e soberano,
Não vejo nada além
Do que a vida contém
Sem amor eu me dano.

4

Pressinto uma canção
Aonde eu possa ter
Certeza do querer
Em dias que virão
Trazendo a sensação
Imensa do prazer,
E nada a se esconder
Nem rumo ou direção,
Vagando sem destino
Em ti eu me alucino
E sei do quanto tenho
No encanto deste amor,
A vida sem temor,
E nela nosso empenho.


5

Homenagens te faço
Em verso, canto e tento
Vencer qualquer tormento
Alçando em paz o espaço
Embora este cansaço
Mostrasse o violento
Caminho aonde invento
Um novo e raro traço
Enlaço-me em teu porto,
E quando em tal conforto
Jamais ninguém me tira,
O amor que tanto quis,
Agora em céu tão gris
Descubro que é mentira.

6

Dedico uma cantiga
A quem sempre soubera
Do quanto é dura a espera
E mesmo se prossiga
Aonde desabriga
A vida sem tapera,
No corte desespera
E mata, enquanto obriga
O passo se traduz
Na intensa ou frágil luz
E assim encontro ou não
O amor que mais buscara,
Em lua nova e clara
Ou mera escuridão.


7

Recendendo à pureza
Eu pude ver em ti
O quanto pressenti
Em rara natureza,
O amor já sem surpresa
Traduz o que vivi,
E tanto lá e aqui
Seguindo com destreza
O passo rumo ao quanto
E ainda teimo e canto
Buscando a plenitude
Amor moldando a cena
Às vezes me serena
Ou mata enquanto ilude.

8


Trazendo bela noite
Aonde imaginava
A vida dura escrava
E nela vago açoite
E tendo a sorte imensa
De ter quem mais desejo,
O amor mais que lampejo
Do todo me convença
Sem ter sequer a dor
E nem gerar o medo
No quanto me concedo
Encontro em ti a flor,
Bendita e abençoada
Reinando esta florada;


9

Sentado aqui, na beira
Da estrada que me leva
Aonde a antiga ceva
Jamais eu sei se esgueira
E tendo por bandeira
A vida sem a treva,
No quanto em dura leva
Um dia fora inteira,
Mas sei que no final
Num ato triunfal
Troféus em raro brilho,
Dourando a minha vida,
Invés da despedida,
O sonho aonde eu trilho.


10

Em serenatas canto
O amor que mais buscara
Sabendo da seara
E nela me agiganto
Enquanto em cada canto
A sorte semeara
E tudo se declara
Sem medo e sem espanto,
Navego rumo ao farto
E nunca mais descarto
O passo que ora dou,
Teimando em clara luz,
Aonde se reluz
O que este amor cevou.

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