sexta-feira, 4 de junho de 2010

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1


Procuro nas entranhas da emoção
Vestir as fantasias que me levem
Aonde os passos teimem e se atrevem
Trançando novo prumo e direção
Domino vez em quando o coração
Por mais que os dias turvos inda nevem,
No quanto de ilusão ainda cevem
Momentos entre intenso e vão clarão,
Refaço os meus caminhos junto aos teus
E quando se prepara ledo adeus
Adentro enfim em nós felicidade
A noite se adentrando em mansos laços
E sinto este calor de intensos braços
No quanto a fantasia viva invade.

2

O dia após o tempo mais venal
Trazendo algum alento a quem buscara
A sorte noutro rumo, outra seara
E vê a mesma face sempre igual,
O tempo se pulsando em temporal
E nele cada passo se escancara
Deixando para trás o que declara
E o tempo mais atroz, mesmo venal,
Resido no que posso e me entranhando
Do sonho mais alegre transformando
A dura realidade em luz suave,
Na face redentora de um amor,
Mudando a cada instante a velha cor,
Traçando com fervor sublime nave

3


Somente uma verdade nos liberta
Não posso acreditar no amor vazio
E nem sequer percorro o velho rio
Aonde esta esperança enfim deserta,
Mantendo o coração superno e alerta,
Os erros do passado desafio
E bebo tão somente o que recrio
Deixando a minha porta sempre aberta,
Rolando entre caminhos mais diversos
E beijo com ternura nos meus versos
Anseios mais fugazes ou reais
E sinto em plenitude tanto amor
E faço deste canto o meu louvor
Beijando tais cenários magistrais.


4


Não quero mais desditas nem tempestas
E tento soerguer-me do vazio
Aonde a cada ausência desafio
E beijo o que pudessem ser as frestas
Nas ânsias em que tantos sonhos gestas
Mudando a direção de cada rio,
Tramando a cada passo em desvario
Marcando em alegrias o que gestas,
Encontro retratado em cada esquina
O amor que nos domina e me fascina
E dele tantos raros, bons cristais,
Criando a fantasia necessária
Aonde a vida molda a sorte vária
E nela outros momentos sem iguais.


5

Meu verso se reflete dentro em mim
Moldando uma alegria que liberta,
A sorte muitas vezes tão incerta
Matando o que restara traça o fim,
Mas quando noutra face sinto assim
O peso da esperança quando acerta
E mesmo quando a dor adentra e alerta
Eu vejo esta esperança vindo enfim,
Resumo cada verso na alegria
E tanto quanto posso ou poderia
Arcar com meus caminhos, liberdade
Rompendo tais algemas, preconceito,
O quanto deste sonho satisfeito
Impede que este encanto se degrade.

6

O canto que me toca imensamente
Falando deste tanto que eu te quero
E sinto cada passo mais sincero
Tocando mais profundo em minha mente
No quanto a fantasia se apresente
E nela toda sorte busco e espero
Vencendo qualquer medo atroz e fero
Vivendo sem limites, plenamente.
Resisto aos mais diversos temporais
Bebendo desta vida eu quero mais
Sem ter sequer vergonha nem limites,
E sei quanto é possível caminhar
Nas ânsias delicadas de um luar
Onde com ternura nada evites.

7

Eu te amo e nada mais pudesse crer
Senão nesta fantástica ilusão
Bebendo cada gota de um verão
Imerso nos anseios do prazer,
Resisto e adentro em paz o amanhecer
Tocado pela intensa sensação
E nela sei dos dias que virão
Tramando novamente algum prazer,
Refaço cada passo rumo ao tanto
E quando mais feliz ainda eu canto,
Restando esta alegria dentro em mim
Nas tantas emoções que adentro eu sinto
O fogo do desejo nunca extinto
Tomando totalmente até o fim.

8

O amor que desejara desde quando
A vida noutra face poderia
Traçar além do medo e da agonia
Um dia noutro tanto me inundando
Vencendo o meu temor e penetrando
Seara abençoada da alegria
Meu mundo feito em paz e fantasia
Agora noutra cena desfilando
Os olhos te procuram no horizonte
A cada nova estrela que desponte
O brilho de um lugar maravilhoso
E nele me adentrando sem perguntas
As almas que se sabem sempre juntas
Transcendem ao caminho majestoso.


9

As mãos que te procuram noite afora,
Encontram finalmente o que buscavam,
E os olhos que decerto te encontravam
Nas ânsias de um prazer que se demora
Resumem cada passo aonde ancora
Após o temporal os olhos lavam
E sabem dos delírios em que cravam
A luz quando deveras já se aflora
A primavera em rara intensidade
E todo o meu amor agora brade
Toando a melodia enamorada,
Mudando a cada fato nossa senda
E quando noutro tanto se desvenda
A sorte novamente desenhada.

10

Amor que aprisiona e me liberta
Ao mesmo tempo algoz e soberano,
No quanto regenera e traz o dano
A porta da esperança sempre aberta,
E quando dos perigos não alerta
Traçando sem querer o medo e o engano
Mudando desta vida qualquer plano
Entorpecendo doma e nos desperta,
Resumo neste tanto o que buscara,
A noite num amor imensa e clara
Reinando como um sol na madrugada
A sorte noutra face se desenha
E quando noutro tanto já se empenha
A vida noutra senda desenhada.

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