segunda-feira, 7 de junho de 2010

35751 até 35760

Nas estrelas escrito
O teu nome posso ler
Cada brilho irá trazer
Muito além deste infinito
O que tanto dá prazer
e se ao menos neste rito
onde além de um mero mito
poderia enfim saber
do caminho rumo ao tanto
onde mesmo me agiganto
no que possa ou mesmo não
encontrando o que buscara
noite intensa bela e clara
onde sonhos se virão

bebo o sonho mais audaz
e teimando contra a fúria
que traduz a farta incúria
onde o silêncio se faz
já não tendo nem a paz
muito embora sem lamúria
bem distante da penúria
onde ausência não se traz
num olhar clarividente
toda a sorte se apresente
noutra face em sensatez
meu caminho rumo ao tanto
quando vejo e não me espanto
muito aquém do que tu vês


resumindo cada fato
no que possa traduzir
um caminho que há de vir
onde tanto me retrato
na verdade se maltrato
o meu tempo sem sentir
a verdade há de impedir
onde tanto me desato
rumo ao tanto mas já farto
do que possa parecer
outra noite sem prazer
solidão adentra o quarto
impedindo novo dia
mera e frágil fantasia

levo a vida desta forma
sem caminho e sem paragem
procurando nova aragem
onde o tudo se transforma
e deveras tal reforma
permitira esta miragem
onde o tempo diz viagem
sem ter regra nega a norma
e portanto em liberdade
quando a vida já degrade
impedindo o caminhar
possa ser feito um cometa
sem ter rumo e sem ter meta
nos espaços a vagar

onde vai literatura
onde nada concretiza
esperança è leda brisa
tantas vezes se procura
numa noite tão escura
e se a sorte desavisa
este solo não se pisa
quando muito me amargura
o que peço è tão somente
que se mude num repente
o caminho já sem rumo
verso livre alma presa
não se vê qualquer surpresa
tudo pronto pro consumo

a minha alma brasileira
procurando qualquer trilho
onde tanto este andarilho
busca a face verdadeira
mesmo contra o que não queira
rebentando este espartilho
repetindo este estribilho
reformando esta bandeira
onde o verde vira gris
onde tudo se desdiz
E deveras se acredita
num futuro que não vem
da esperança muito aquém
noutra senda mais bonita

desvairado caminhar
entre pedras farto espinho
num cenário tão mesquinho
onde teimo em procurar
qualquer brilho de um luar
muito embora vá sozinho
nestas lendas do caminho
onde quisera encontrar
a verdade impunemente
mas sabendo o que se sente
noutra face mais comum
do que tanto desejara
a certeza desampara
chegando a lugar nenhum

faces velhas da verdade
muito embora corriqueiras
mostram vidas sem fronteiras
esperança rompe a grade
mas se tanto se degrade
entre fases costumeiras
muito além do que inda queiras
vai distante a liberdade
a certeza de um futuro
onde possa e me asseguro
do vazio que virá
nada resta nem a sombra
e a verdade se me assombra
noutra face mostrará


onde soltam barcos velas
navegando sem destino
se decerto eu me fascino
quando o sonho em mim atrelas
noites claras calmas belas
coração velho menino
que deveras se me nino
decifrando raras telas
tecelã de clara luz
lua plena me conduz
acendendo a lamparina
quando tudo se escurece
o seu brilho farto tece
e o cenário se ilumina



Que dizes do viver em sonho apenas
Rondando este mistério incomparável
Vibrando num caminho impenetrável
Aonde sem saber tu te serenas,
E quando as noites forem mais amenas
O amor a velha fonte renovável
E nele cada dia incomparável
Vivendo perecíveis, toscas cenas.
No templo em que vê tal amplidão
E dela nova senda ou estação
Formada pelas luzes onde a gente
Vislumbre a poesia a cada passo,
E quando desta forma o sonho eu faço
Um claro amanhecer nos apresente.

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