sexta-feira, 11 de junho de 2010

36141 até 36150

1

Presença demarcando
O dia em luz e sombras
No quanto ainda assombras
O vento mesmo brando
No tempo se transforma
E gera nova face
Aonde o nada grasse
E o todo nega a forma
Sumindo nas entranhas
E quando o nada ganhas
Esboças reações
Diversas dos letreiros
Em traços corriqueiros
Negando tais visões.

2

Já te vejo brincando
Nas ânsias e nos ritos
Momentos infinitos
E neles transformando
O dia noutro dia
O tempo em verso e vento
E quando me alimento
Expresso em fantasia
O quanto não mais posso
Ou mesmo se pudesse
Traria o que se tece
No passo sendo nosso
Resumo de horizonte
Aonde o vão desponte.

3

Abrindo este salão
Gerando a fantasia
E nela se recria
A mesma solidão
Tomando cada grão
Aonde plantaria
A sorte e hipocrisia
O peso em solução
O cardo que carrego
Adentrando meu ego
Não deixa sequer traço
E quanto mais procuro
O tempo é tão escuro
Renegando este espaço.

4

São questões de casal
As brigas corriqueiras
Palavras traiçoeiras
Sorriso mais venal,
O tempo diz da nau
Além destas bandeiras
E nelas quando esgueiras
Momento triunfal,
Esboço uma palavra
A sorte nada lavra
E acaba este plantio
Resumo esta pergunta
No quanto nada ajunta
Senão este vazio.

5

Refeita em amizade
A farsa deste amor
Que vive sem pudor
No quanto desagrade
Rompante em tempestade
Gerando outro pavor
E nele sem calor
O tempo se degrade,
Resumo a poesia
Na sorte em heresia
Na morte a cada instante
E vejo nesta adaga
A morte que me afaga
E tanto se adiante.

6

Levando assim meu barco
Sem rumo cais ou porto
Seguindo semimorto
O pouco do que embarco
No resto mesmo parco
Ou quando viro aborto,
Ou mesmo não me importo
Apenas vivo marco
Do tempo em que podia
Vibrar em utopia
E agora sem rumo e nexo
O tanto se complexo
Vestira em fantasia
O passo sem reflexo.


7

Ninando a fantasia
Ou vento em paz e glória
Revejo esta memória
Aonde não traria
Sequer outra agonia
Nem mesmo a velha escória
O tanto sem vanglória
O medo em agonia
O corte se profana
O porte em soberana
Imagem não traduz
O fato em que me nego
O vento ao qual me entrego
Festejo em dor e luz.

8

O caos que se aproxima
A ventania exposta
Sem medo de resposta
Mudando todo o clima
Na voz que tanto estima
O peso da proposta
O medo se desgosta
E nada tendo acima
Nem mesmo pelos lados
Rezando em velhos fados
Ou terços, preces ritos,
Arcanjos santidade,
No quanto se degrade
Gerando cais aflitos.

9

O tanto refazendo
Do pouco mais fiel
Gerando novo céu
E nele o dividendo
O tempo se crescendo
O risco mais cruel
E tanto em mero fel
Ou mesmo se prevendo
O corte na raiz
O quanto se desdiz
No tanto que provara
A morte negocia
Enquanto em utopia
A lua seja clara.

10

De tanto que sonhei
E nada adiantasse
O tempo sem repasse
O corte gera a lei
O pouco imaginei
E nele novo impasse
Gestando o quanto trace
Além do que pensei,
Aprendo vez em quando
O nada se formando
Ou me informando o quanto
Pudesse imaginar
Ou mesmo navegar
Enquanto tanto canto.

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