domingo, 7 de novembro de 2010

19501a 19600

1

Porém ao ver o céu
Imenso em lua e luz
O quanto se produz
Transforma o velho léu
E o verso mais cruel
Ainda reproduz
O sonho onde seduz
O mundo em carrossel,
Respondo e nada vindo
Aonde quis o infindo
Apenas mero ocaso,
Assim não me permito
Sequer o mais bonito
Desenho onde me aprazo.

2

Descubro em renascer
A queda da esperança
E quando o sonho avança
Tentando amortecer
O claro amanhecer
No todo em temperança
A vida já se cansa
E nisto eu posso crer,
Espero qualquer queda
E sei do que envereda
Destino desigual,
Ainda que pedisse
Amor mera tolice
Num ato sensual.

3

Às vezes em seus braços
Ou mesmo até distante
O todo se adiante
E trace novos passos
E nestes mais devassos
Caminhos se agigante
O canto fascinante
Em meio aos dias lassos,
Vestindo a fantasia
Que tanto poderia
Ousar um pouco mais,
Invisto cada verso
E sei que me disperso
Imerso em temporais.

4

Mas em novo mergulho
Ainda que tentasse
Vencer qualquer impasse
E nisto já me orgulho
Vagando em pedregulho
Ditando a nova face
Aonde se mostrasse
Apenas mero entulho,
Causando a queda após
O todo morto em nós
Incerta fantasia
E nisto o meu futuro
Deveras asseguro
E nada mais viria.

5

Afirmo-te, em firmeza
O quanto pude crer
E tento esta certeza
De um raro alvorecer
A vida sem surpresa
O tempo a recolher
Da sorte cada presa
O amor diz bem querer,
Ausento do passado
E vejo este futuro
Aonde destroçado
Caminho não virá
E assim não me asseguro
Do todo aqui ou lá…

6

Que a vida sem amor
Já nada representa
A sorte violenta
O canto sem pudor,
A morte desta flor
Imersa na tormenta
E nisto se apresenta
O quanto em dissabor
Meu verso se aprofunda
A sorte que oriunda
De um dia mais feliz
Espera atocaiada
Após a velha estrada
Amor que se desdiz.

19507



Amar é ter na vida
Um pouco mais de sorte
E crer no que comporte
A dita destruída
E o vento não duvida
Tomando então meu norte,
Ainda me conforte
Matando esta ferida,
A chaga de um passado
Audaciosamente
O tempo agora evado
No todo que se atente,
Vencendo o descaminho
Jamais serei sozinho.

19508

E ser de Deus, fiel
E manso cavaleiro
Aonde o mundo inteiro
Adentra em carrossel,
O canto feito em mel
O sonho de um luzeiro
Meu verso derradeiro,
Jamais será cruel,
Ainda quando a dor
Tomando este sol-pôr
Sem nada no horizonte
Ao crer nesta esperança
E nela o bem se alcança
Enquanto a luz desponte.

19509

E comprazer no riso
De quem se fez bem mais
Dos olhos o preciso
Caminho entre cristais
O tempo onde matizo
Bebendo os dias tais
E nele quando aviso
Teu canto; nunca esvais.
Escalo cordilheiras
E quanto mais me queiras
Também te quero bem,
Assim ao ver o todo
Vencendo algum engodo
Amor já nos contém.

19510

Com deuses, claro céu
Envolto em raio tanto
O amor quando garanto
Fazendo o seu papel,
Gerando o riso e o mel,
Ainda seca o pranto
E quanto me agiganto
Aonde fora incréu,
Eu sinto esta presença
De quem tanto convença
Caminho mais feliz,
A sorte se comporta
E a vida abrindo a porta
Traduz o que eu mais quis.

11

Das cores divinais
Quem dera se eu pudesse
Ainda com finesse
Saber um pouco mais
Dos dias desiguais
Aonde a vida tece
O sonho que obedece
Momentos magistrais
Vagando sem destino
Depois de tanto engano
E quando me profano
Decerto eu me fascino
No verso mais audaz
Que a vida teima e traz.

12

Em luzes amarelas
Sinais dizem da vida
E quando se duvida
Aos poucos me revelas
Belezas de outras telas
Adentro na avenida
E sei desta partida
Abrindo o sonho em velas,
Acordo e nada veio
Somente o vento alheio
E o manto sem destaque,
Ainda quando pude
Viver a juventude
A vida além se empaque.

13

Olhar que reconheço
Em meio à multidão
Traçando desde então
O sonho em adereço
E sei teu endereço
Dos dias que virão
O todo em precisão
A vida em raro apreço,
Invisto cada passo
E quando além eu traço
Um tempo mais feliz
O mundo se desenha
E sei do amor a senha
Que tanto um dia eu quis.

14

Aplausos emotivos;
Momentos mais felizes
E nada mais desdizes
E nisto os lenitivos
Traduzem sempre vivos
Caminhos, cicatrizes
Sem ter quaisquer deslizes
Meus sonhos são altivos,
Repare cada estrela
E veja que ao contê-la
Jamais se perderia,
A noite se ilumina
Amor sagrada mina
Mesmo em noite sombria.

15

O sentimento enorme
Do amor que não limita
Aonde esta pepita
Aos poucos se transforme
E beba e se conforme
Do quanto a sorte dita
Marcando esta bendita
Razão que nos informe
Do manto mais sagrado
Do dia consagrado
Ao sonho mais gentil,
Viceja em primavera
O bem que tanto espera
A luz que a sorte viu.

16

Que ganham num momento
Espaços onde eu possa
Trazer a sorte nossa
E nisto sempre tento
Vencer o forte vento
E nada mais se apossa
Do canto onde se endossa
A vida sem tormento,
Apresentando a sorte
Que tanto me comporte
E trace outro segredo,
Ainda que distando
Do mundo mais infando
O sonho a ti concedo.

17

Envoltas nestas tramas
As noites estreladas
As sortes desejadas
E nelas tu me clamas
Vagando pelas chamas
Seguindo tais estradas
Há tanto desenhadas
Sem medos e sem dramas,
Invisto o pensamento
Enquanto o sonho eu tento
Cerzindo em poesia
O canto mais feliz
A vida não desdiz
Nem mesmo além adia.

18

Perfazem alegria
De quem se fez audaz
As sortes que amor traz
E nada mais teria,
Sequer a fantasia
Ou mesmo o mais mordaz
Momento aonde jaz
Inerte a poesia,
Restauro o meu caminho
E quando em ti me aninho
Singrando este horizonte,
O sol já mais distante
Meu passo se adiante
E logo além desponte.

19

Meu coração servindo
A quem se fez rainha
A vida mais mesquinha
Aos poucos eu já findo,
Amor sempre bem-vindo
A luta sendo minha
Palavra se avizinha
De um tempo bem mais lindo,
E quero após a queda
A trilha onde envereda
A luz de quem se dera,
Marcando em tom suave
Sem nada que me entrave
Escapo desta fera.

19520

Sentindo este bafejo
Da noite sem destino
Aonde determino
O quanto não prevejo,
E sei do benfazejo
Caminho onde alucino
O passo de um menino
Vencendo este azulejo.
Repasto da esperança
Amor quando me alcança
Expressa a liberdade,
Vagando sem sentido,
O tempo que lapido
Traduz felicidade.

21

Portando a noite imensa
O olhar de quem se deu
Ainda sendo o meu
Cenário onde se vença
A sorte que compensa
O mundo se verteu
No todo aonde ateu
O coração não pensa,
Vagando sem sentido
O tempo onde me olvido
Do caos que me trouxeste
O quanto desejei
Agora noutra grei
É sempre mais agreste.

22


Já traz a fantasia
Quem tanto quis a luz
O mundo reproduz
O quanto não havia
Sequer em fantasia
Ou mesmo faço jus
Ao todo e se conduz
A treva dia a dia,
Marcando com o não
A cada turbilhão
Adentro tempestades,
E sei do quanto possa
Ainda sendo nossa
A lua que ora invades.

23

A quem outrora a vida
Já não mais trouxe o canto
E quando não garanto
A sorte desprovida
A morte resumida
E nisto não me espanto
Gerando o desencanto
Palavra em despedida
Esqueço o que virá
E sei agora e já
O mundo sem proveito,
Depois de certo tempo
A cada contratempo
O fim de tudo, aceito.

24


Amor em plenitude
Mentiras? Não sei bem,
Só sei quando convém
O canto que me ilude,
Ainda mesmo pude
Vencer o teu desdém
E nisto ser refém
Do sonho em atitude,
Esqueço cada engodo
Entranho lama e lodo
E vago sem destino,
Nos charcos, velho mangue
O coração exangue
O fim eu determino.

25

Estremecendo em paz
A sorte mais fecunda
E nisto amor inunda
E tudo é mais capaz
O quanto a vida traz
A senda se aprofunda
Seara moribunda
Ou passo mais tenaz?
Repastos de um momento
Aonde tento e alento
Vencendo o meu temor,
Acreditando em ti
O todo eu conheci
Nas tramas deste amor.

26

Abrandando o meu peito
Lembrança deste alguém
Enquanto a vida vem
Traçando neste leito
O quanto quero e aceito
E sei que sempre tem
O amor em raro bem,
Da sorte, um manso pleito.
escândalos diversos
E medos mais dispersos
Ainda que se visse
O canto sem sentido
O sonho onde o lapido
Supera esta mesmice.

27

Por vezes minha estrada
Não deixa mais futuro
E quando eu me asseguro
Da vida desenhada
Nas ânsias desta escada
Na queda este chão duro,
O manto sempre escuro
A noite mais nublada,
Espero qualquer brilho
E sei que não palmilho
O etéreo neste astral,
Vagando qual cometa
A vida se prometa
Num mesmo ritual.

28

Deixando a sensação
De quem nada percebe
Tocando a velha sebe
Com dias que verão
A sorte em previsão
A luz que se recebe
O sonho não concebe
Diversa direção,
Aprendo com meu erro
E sei deste desterro
Diverso do que outrora
A manta se negara
Cobrindo esta seara
Aonde a luz se ancora.

29

Vagando sem ter rumo
Por tantas noites vis
Quem dera ser feliz
Beber da sorte o sumo,
E sei o quanto assumo
E sigo por um triz
Vivendo o que mais quis
Sem ter qualquer resumo,
Escalo esta montanha
A vida sempre ganha
O sol que mais procura,
Jamais se vergaria
Ao vento, a fantasia
O amor promete a cura.

19530

A morte dolorosa
Imersa em tempestade
E quando a dor invade
Espinho doma a rosa,
E o tanto quanto glosa
Da sorte que se evade
A dura realidade
Deveras caprichosa,
Aprendo com o corte
E sei que me conforte
Apenas outro instante
Na lua em rara prata
A vida me arrebata
Num raro diamante.

19531

Porém numa amizade
Em falsa dimensão
Os dias não trarão
Sequer o quanto agrade
Tramando assim a grade
Espero a imprevisão
Dos dias desde então
Matando a liberdade,
Ocasionando a queda
Da sorte onde envereda
O caos dentro do peito,
A vida não traria
Sequer a fantasia
Que tanto quero e aceito.

32

Nos olhos da esperança
O tempo desilude
Ainda em atitude
Diversa o tempo avança
E sei quanto a aliança
Presume o que não pude
E mesmo que isto mude
Já não há confiança,
A sorte se transforma
E o tempo em nova forma
Não mais me agradaria,
Aonde quis bastante
Apenas se adiante
A morte dia a dia.

33

Distantes os caminhos
Por onde poderia
Vencer esta agonia
Em dias mais mesquinhos
Trocando tais espinhos
Por toda a fantasia
Aonde o tempo guia
Além dos velhos ninhos
Acordo e quando sinto
Amor agora extinto
Já nada mais conforta,
O peso do passado
O corpo destroçado
A vida atrás da porta.

34

São ermos, na verdade,
Os dias sem ninguém
A sorte não mais vem
E o tempo se degrade
O quanto em liberdade
A vida não contém
E o medo sempre aquém
Da imensa claridade,
Espero a cada passo
O quanto nada traço
E vejo após o fim
Mortalha se reflete
No canto sem confete
Sem flores meu jardim.

35

As dores e tristezas
Os dias são assim
O tanto de onde vim
As velhas correntezas
Palavras sobre as mesas
A boca carmesim,
O todo dentro em mim,
As mãos contigo presas,
Não posso mais negar
O quanto te queria
E sei da fantasia
E nela este lugar
Toando esta esperança
Que aos poucos sempre avança.

36

Estrada que conheço
De tanto caminhar
E sei cada lugar
O amor dita endereço
E após ledo tropeço
Pudesse te encontrar
Cerzindo no luar
O sonho que eu mereço,
Vestindo a minha luz
Amor fazendo jus
Ao quanto mais quisesse
E ao fim deste momento
O encanto aonde invento
Traduz rara benesse.

37


Andanças bem diversas
Das quantas conheci
Trazendo agora a ti
Os dias onde versas,
Navego em mais dispersas
Ausência e senti
O quanto estava aqui
Sem tréguas desconversas,
Escassa juventude
Aonde o passo ilude
E marca o descaminho,
Encontro cada engano
E quanto mais me dano
Estou velho e sozinho.

38

Que o amor em amizade
Pudesse me entranhar
Qual fosse este luar
Que a noite rara invade,
E bebe em liberdade
Vontade de sonhar,
E aos poucos procurar
A imensa claridade,
Reparo cada engodo,
Derivo deste todo
E tomo esta emoção
Vagando sem destino
Aos poucos me alucino
Nos sonhos que virão.

39

Que em calmaria traz
O verso mais fecundo
E quando eu me aprofundo
Encontro em ti a paz,
Meu mundo antes mordaz
E mesmo vagabundo
Transforma em novo mundo
O quanto satisfaz
Vestindo a maior glória
A vida na memória
Envolta em alegrias
E nisto com certeza
A sorte sobre a mesa
Decerto tu porias.

19540

Refém da solidão,
Já não mais me percebo
E sei do amor placebo
E os dias que verão
Apenas direção
Diversa e se concebo
O todo que recebo
Havendo amor ou não,
Escalo estas montanhas
E sei do quanto entranhas
Minha alma a cada instante
Assim ao te sentir
Vibrando em teu porvir
Futuro se agigante.


41

Envolto no poder
De quem se fez presente
Amor tanto envolvente
Permite amanhecer
Nas ânsias do prazer
E assim que se apresente
Mudando de repente
O todo eu posso ver,
O rumo sem fastio
O quanto em ti desfio
Meu verso enamorado,
Já não mais poderia
Vestir esta agonia
Que agora além evado.

42

Amor vai me tornando
Diverso do que outrora
E quando a sorte ancora
Trazendo um tempo brando,
O mundo desde quando
A sorte não se escora
Nem marca o que demora
Num tempo mais infando,
Assumo cada passo
E sei que quando o traço
Gerando este momento
Escassa noite vaga
A lua não se apaga
E mesmo um sol invento.

43

Refém de uma divina
E rara fantasia
Aonde a poesia
Deveras me domina
O passo determina
O quanto a mais queria
Vencendo esta agonia
Gerando na alma a sina
De ser além de tudo
O quanto não me iludo
E sigo sempre em frente
Amar e ser feliz
É tudo o quanto eu quis
Ainda que isto invente.

44

Prazer que desde quando
A vida não trouxera
Sequer a velha esfera
Ou mesmo desenhando
O tempo outrora brando
Agora nada espera
Somente a mesma fera
E nela me entranhando
Acordo e quando vejo
Diverso e malfazejo
Momento em agonia,
A sorte se profana
E o passo em não emana
O sonho que eu queria.

45

Mostrara ser completa
A dor que me entranhara
Assim a sorte rara
Jamais em mim repleta
O tempo de um poeta
A luz nesta seara
A sorte bem mais clara
O corte nega a meta
A morte se aproxima
E toma em vão a rima
Num clima mais dorido,
O amor quando se vira
Envolto em tal mentira
Meu sonho enfim olvido.

46

Embora tanta vez
A vida não pudesse
Trazer nova benesse
Aonde o nada vês
E o quanto se desfez
Do todo que se esquece
A sorte compadece
E gera insensatez,
Respaldos do passado
O dia anunciado
Manhã sem ter o sol,
Olhar de quem anseio
No fundo em devaneio
Traduz algum farol.

47


Ao perceber o brilho
Do canto em voz macia
A sorte em alegria
Traduz aonde eu trilho,
O canto em estribilho
O todo se anuncia
E marca a fantasia
Da qual em paz polvilho
Espero pelo fato
Aonde amor retrato
Constato imensidão
E sei deste momento
E nele sempre invento
Os dias de emoção.

48

Permito- me seguir
Os rastros que deixaste
A vida num contraste
Traduz o meu porvir,
Amar e prosseguir
Depois deste desgaste
Ousando crer nesta haste
Bebendo este elixir
O cântico eu prometo
E sei deste soneto
Em redondilhas; feito
O canto dita afeto
Em ti eu me completo
E o sonho em paz, aceito.

49

Volvendo a ter o sonho
Que tanto desejara
Tomando esta seara
E nela eu me proponho
Ousando num risonho
Cenário em luz tão rara
A vida se escancara
E nisto eu me reponho
Vagando pela vida
A luz já repartida
Partidas esqueci,
O manto nos recobre
E sei do quanto é nobre
O amor que vive em ti.

19550

Apascentando o peito
De quem buscara a luz
A sorte já faz jus
Ao quanto quero e deito
Assim que for aceito
O amor que se traduz
Vencendo qualquer cruz
Tramando novo pleito,
Assisto ao meu caminho
E bebo enquanto aninho
A paz sem mais temer,
O rumo se apresenta
Depois desta tormenta
Trazendo amanhecer



19551

Sabendo ter amor
Quem tanto eu procurei
Vagando em qualquer grei
Caminho aonde eu for
Vestindo a rara flor
E nisto eu mergulhei
A sorte dita a lei
E o tempo redentor,
Navego em pleno mar
Neste oceano teu,
Meu canto se verteu
No quanto quis sonhar
Invisto verso e luz
Encanto me traduz.

52

Imagens maviosas
Momentos divinais
E sei que quando vais
Traduzes raras rosas,
As sortes majestosas
Amor é porto e cais
E nele os dias quais
Estrelas caprichosas
Erigem novo altar
E sei deste luar
Deitando sobre ti,
Amar e ter decerto
O quanto ora desperto
No sonho em que vivi.

53

Momentos que eu vivi
Diversos do passado
Aonde o ledo brado
Jamais chegara a ti
O quanto sei daqui
E o nada enquanto invado
O tempo dita o fado
E o canto eu presumi,
Vestindo a melhor sorte
No amor que me conforte
Eu bebo cada gota
Minha alma sem te ter
Negando amanhecer
Em traças morre rota.


19554

Entrego-me aos desejos
E bebo em tua pele
O quanto me compele
Em dias benfazejos
Os sonhos mais andejos
O canto onde se atrele
A vida agora sele
Sem medos, dores, pejos.
Ascendo à plenitude
E sempre mais eu pude
Depois de cada queda,
A sorte dita o quando
Amor sempre guiando
No brilho em que envereda.


19555

Eu sinto em tua entrega
Vontade sem igual
Do amor consensual
Da vida jamais cega
Invado cada adega
Num vinho sensual
Bebendo tal e qual
A lua além navega,
Escalo então tal cerro
E sei do meu desterro
Num dia mais sofrido,
E agora que vieste
Tornando azul celeste
Meu mundo presumido.

56

Da doce sedução
De quem se fez além
Do amor quando convém,
E trama a solução
Os dias se verão
No quanto sem desdém
O tempo noutro bem
Expressa a direção
Esbarro no vazio
E sei que se sombrio
O mundo me açoitara
Assim a vida expressa
O canto já sem pressa
Em noite imensa e clara.

57

Nas rotas mais profundas
Ansiosa tempestade
O quanto desagrade
E nisto já me inundas
Nas noites mais imundas
A vida em claridade
Não dita a liberdade
Enquanto me confundas,
Assisto ao novo dia
Meu sonho não veria
Sequer o raro brilho
De quem se fez além
Do amor que sempre vem
E nele em paz palmilho.

58


Ouvindo em tua voz
Sinais de mansidão
Os dias me trarão
Além do quanto e após
O todo vivo em nós
E nesta solução
Deixando atrás o não
Meu canto encontra a foz,
Ao ver o teu anseio
E nele sempre creio
Domínios de uma vida
Regada à fantasia
E nisto a poesia
Aos poucos se lapida.

59


Que trazem ao meu mundo
As luzes de um passado
O tempo aonde invado
O coração profundo,
O manto se oriundo
Do sonho em tal recado
Deixando por legado
O todo onde me inundo,
Vagando sem sentido
Jamais amor olvido
E sigo sem cansaço,
Ainda quando penso
No canto mais intenso
Meu rumo em ti eu traço.

19560

De ter-te aqui comigo
Depois da derrocada
A sorte desenhada
Traduz o que persigo
E vejo além do abrigo
A noite desejada
Aonde o corte invada
E vença algum castigo,
Poeta? Nada disso
Apenas eu cobiço
Sorriso de quem amo,
Jamais enfim pedisse
Sequer qualquer crendice
Enquanto o canto eu tramo.

61

Viver em plena terra
O sonho sideral
Ousando sem igual
Caminho onde se encerra
O todo vence a guerra
E traz fenomenal
Desenho deste astral
Aonde a paz descerra
Vencer o dia a dia
E ter o que eu queria
Sem medo do futuro,
Meu passo se transforma
E toma a rara forma
E nisto eu me asseguro.

62

Sentindo tua mão
Tocando no meu rosto
Amor quando proposto
Transforma a direção
Os dias moldarão
Além do maior gosto
No canto aonde exposto
Meu verso dita o grão,
Alçando este infinito
E nisto tento e grito
Ousando em plenitude
Porquanto ser feliz
É tudo o quanto eu quis
E a paz não mais ilude.

63

Alvíssaras da sorte
Momentos delicados
Aonde os nossos fados
No todo onde comporte
Gerando o que conforte
Diversos dos legados
E nestes desenhados
Meus sonhos, raro porte.
O tanto quanto quero
E sei do amor sincero
E nada mais se cala,
A senda se adivinha
E quando fores minha
Minha alma, uma vassala.

64

Sorris tão docemente
Deveras minha diva
A sorte sempre viva
Traduz o quanto sente
Quem tanto amor pressente
E nisto em luzes criva
A luta mais altiva
Jamais me faz contente
Respaldos de um passado
Há tanto desolado,
Restando dentro em mim,
Ausente da esperança
A noite não avança
Matando antes do fim.

19565

De novo, o teu desejo
Já nada mais traria
Sequer a fantasia
Que tanto em paz almejo
O rumo onde porejo
O sonho em agonia
O corte não faria
Amor tão benfazejo,
A paz, o prazo e o rumo
Aos poucos eu resumo
Meu mundo no teu passo,
E sendo assim só teu
A sorte percebeu
O amor que em ti eu traço.

66

Quem segue este caminho
E bebe cada vento
Aonde teimo e tento
Jamais serei mesquinho
Em ti amada aninho
Meu canto em pensamento
E todo o sofrimento
Procura um novo ninho
Certeza que se vê
Do amor em seu por que
Gerando a plena paz,
Ainda que pudesse
A vida dita a prece
E o sonho então se faz.

67

Brandindo em solidão
Meu mundo já caído
O tempo presumido
Os dias que virão
As horas, decisão
O canto aonde olvido
O sonho repartido
As noites de verão,
Zarpando no infinito
Ainda tento e grito
Ausência de esperança?
Meu passo se desenha
Amor traduz a lenha
E a noite em temperança.

68

Na busca de alegria
O verso se traduz
Deixando os corpos nus
E neles fantasia,
A sorte que nos guia
Tramando a rara luz
E nisto se seduz
Quem tanto poderia
Ousar noutro momento
E sei do quanto invento
Traçando a paz em nós
Amar e ser feliz
O quanto disto diz
Do gozo e logo após.


69

Ao mesmo tempo inerte
A vida não trafega
E diz da noite cega
Aonde o nada verte,
O passo se reverte
E a mão além navega
Buscando a mesma entrega
E nisto se converte
O canto mais sutil
Deveras tanto ouviu
Da voz de um cantador
O rumo desenhado
O sonho aonde eu brado
O bem do grande amor.


19570

Em cada novo dia
Um tempo mais feliz
E o quanto hoje se quis
Ou mesmo poderia
Alçar em fantasia
A vida por um triz,
No passo se condiz
O quanto em paz queria,
Eu vejo além de tudo
E nisto eu me transmudo
E inundo o coração
Com sonhos e palavras
Enquanto amores lavras
Em rara dimensão.


71

Um sonho que se tenta
Depois de certo engano
A vida onde me dano
A sorte mais sangrenta
A paz dita a tormenta
E o medo em novo plano
O canto soberano
A voz dura e sedenta,
Aprazo alguma luz
E sei que não conduz
Meu passo sem destino
Errático cometa
O mundo se prometa
Em raro desatino.

72

Premissa, com certeza,
De um dia aonde eu possa
Trazer a sorte nossa
E nisto ser a presa
Vencendo a correnteza
O canto agora endossa
A vida que se apossa
E traz a sorte ilesa
Vestindo a lua eu sigo
E bebo este perigo
Contigo vou sem medo,
O todo mais audaz
Aonde o brilho traz
Amores que eu concedo.

73

Trazendo um tempo além
Do quanto poderia
A sorte dia a dia
Traduz o quando vem
Do amor mero refém
Invado a poesia
E vendo esta alegria
E nela sigo o bem,
Escalo esta montanha
A vida sempre ganha
Momentos mais suaves
E nisto liberdade
Transcende o quanto brade
Ao libertar tais aves.

74

Mudando sempre o rumo
Do quanto pude outrora
A vida agora ancora
E nisto eu me acostumo
Jamais decerto esfumo
E vejo sem demora
O quanto amor aflora
E toma todo o prumo.
Resulto deste encanto
E sei e me garanto
No passo mais sutil,
Meu canto te tocando
Meu mundo agora brando
Apenas mal te viu.

75

Não quero na tristeza
Nem mesmo a covardia
Do quanto poderia
Deitando sobre a mesa
A vida em sobremesa
Trouxera esta iguaria
Amar em poesia
E ser do sonho a presa,
Escondo em verso a dor
E sei do sonhador
Caminho aonde eu sigo,
Confesso meu pecado
Jamais de ti evado
Sabendo deste abrigo.

76

Por isso é que perfaço
Meu mundo num instante
Aonde o que garante
Traduz um ermo espaço
E vago enquanto traço
O todo se adiante
E o canto mais galante
Expressa cada passo,
Escondo os meus sinais
E vejo os temporais
E neles entranhando
Meu mundo se transforma
E toma então a forma
De um sonho bem mais brando.


77

Nos laços da amizade,
O sonho poderia
Ousar na fantasia
Que tanto nos invade
E bebo a liberdade
E nela esta utopia
Da sorte dia a dia
Enquanto sempre agrade,
O rumo se desenha
Aonde a vida venha
Tomando o seu sentido,
O canto em teu louvor
Traduz imenso amor
E dele não me olvido.

78

Que o vento da esperança
Traduza o quanto eu quero
Do verso mais sincero
Aonde a vida avança
Marcando esta aliança
Deixando atrás o fero
Momento enquanto espero
A vida em tal pujança,
Mergulho nos teus braços
Em sonhos mais devassos
Anseios, seios, lábios
Os dias sendo assim,
Amor tramando em mim
Destinos bem mais sábios.

79

O braço da amizade
Em laços fraternais
Aonde em siderais
Caminhos tudo agrade,
O risco em liberdade
Momentos divinais
E sei que tu não trais
Quem quer felicidade,
Já não mais me coubera
A vida noutra esfera
Nem mesmo um passo em vão
Aprendo com ternura
A ter o que assegura
A sorte em precisão.

19580

Enquanto a dor da vida
Já não mais me permite
Saber de algum limite
Da noite consumida
E tanto presumida
A luta onde palpite
E mesmo necessite
A senda sem ermida,
Invisto cada verso
E quando em ti disperso
Meu canto sem segredo,
Os olhos para além
Do quanto amor convém
Em paz quero e concedo.


19581

Nem mesmo a tempestade
Nem tanto esta promessa
A vida não tropeça
Enquanto a paz evade
O risco na verdade
Traduz além da pressa
O quanto recomeça
E gera nova grade,
O manto mais sublime
Aonde se redime
O canto mais sutil,
O mundo noutra cena
A sorte que serena
O sonho em paz reviu.

82

Aquele que se fez
Além do quanto pude
Viceja em atitude
E muda a lucidez
Gerando a cada vez
O corte atroz e rude
E nisto desilude
Quem sabe no que crês
Escuto a ventania
Abrindo a minha porta
A vida agora aporta
E traz esta alegria
E nisto pouco importa
O quanto não sabia.

83

De ter a vida plena
Depois de cada queda
A sorte se envereda
Domina toda a cena
Ainda se envenena
Do sonho em que se seda
O rumo onde se enreda
A noite mais amena,
Esparsa melodia
Traçando o que eu queria
Vestindo a noite em paz,
Do todo reluzente
Amor já se apresente
E nele satisfaz.

84

O mar que há tanto vira
Distante deste olhar
Pudesse navegar
Além desta mentira,
A terra quando gira
Não sai do seu lugar
E o todo dita o mar
E nisto se prefira
Apenas liberdade
E quanto à velha grade
Jamais a pude ver,
O canto em alegria
Deveras me traria
O raro amanhecer.

85

O coração decerto
De quem se fez profeta
Trazendo o que completa
A vida em rumo certo,
O sonho se deserto
A luz ditando a meta
A morte dita a seta
E o peito sempre aberto,
Vagando em noite clara
A luta se prepara
E traça esta armadilha
Meu verso sem descanso
Aonde o canto alcanço
Meu mundo em paz já trilha.

86

Tomado por destino
De quem se fez além
O mundo quando vem
Trazendo o que domino
Expressa o cristalino
Caminho sem desdém,
Amar é ser refém
Do quanto me fascino,
Escancarando o peito
Ao menos me deleito
Nos ermos de teu sonho
E assim ao ser só teu
Meu mundo conheceu
O mar raro e risonho.

87

A vida que seguira
Além da tempestade
Deveras sempre agrade
A quem tanto prefira,
Esboça cada tira
E nisto a liberdade
Expondo a claridade
Matando esta mentira,
Esqueço o meu passado
E quando o teu invado
Adentro em mansidão,
Encontro cada passo
Amores hoje eu traço
E sei da imensidão.

88

Em trágico caminho
O mundo desabara
Deixando esta seara
Ainda em tom mesquinho,
E quando ora me alinho
Ousando em noite clara
Vestindo a jóia rara
Amor trazendo o ninho,
Após o medo vejo
O sonho mais sobejo
E nele me entranhando
O dia se moldasse
E nisto sem impasse
O tempo se fez brando.

89


Agora nos teus braços
Depois de tanta queda
A sorte se envereda
Tramando nossos passos,
Os dias mais escassos
A luta não segreda
Tampouco se envereda
Além dos meus cansaços,
Escapo da mortalha
A voz além se espalha
E traz a luz em paz,
O quanto poderia
Moldar em fantasia
Num canto mais tenaz.

19590


Em horizonte plano
Percebo este clarão
Dos dias que virão
Do amor em que me engano,
A sorte noutro plano
O passo, a precisão,
Zarpando desde então
Meu barco no oceano,
Escolho um manso cais
Um raro ancoradouro
Amor sendo o tesouro
Em dias magistrais
O sol onde me douro
Desejo muito mais.

91

O dia a dia passa
E trama outro momento
E nisto também tento
Vencer cada fumaça
Adentro em sonho a praça
E bebo deste vento
E sei do quanto alento
Pudesse enquanto traça
A sorte mais audaz
No todo que se faz
Moldando um raro dia,
Ainda que perdesse
A vida me esquecesse
Amor não perderia.

92

Achando quem o medo
Traduz em temporal
Vagando pelo astral
O sonho em paz concedo
E bebo deste enredo
Navego em frágil nau,
Mas nada sendo igual
Ao quanto ora procedo,
Assumo cada engano
E sei do quanto dano
Meu mundo sem certeza
E a vida não presume
O quanto fora cume
E agora diz surpresa.

93

Querer poder estar
E ter outro caminho
Deveras vou sozinho
Sem ter qualquer lugar
Cansado de lutar
Ainda vejo espinho
E nisto se me aninho
Esbarro noutro mar,
Vacante coração
Moldando esta estação
Enfrenta o mais dorido
Cenário aonde um dia
Pudesse e mais queria
O passo resumido.

94

Tocar os teus cabelos
Sentir o teu perfume
E quando me acostume
Momentos posso vê-los
Envolto nos novelos
De quem além já rume,
Ainda quando esfume
Meus olhos sem contê-los
Resumo em cada verso
O quanto fora imerso
Na paz que me redime,
Amar e ser além
Do todo quando vem
Um ato mais sublime.

95

Deitar-me do teu lado
Sentir tua presença
No quanto nos convença
O sonho desejado,
O parto anunciado
A vida fora intensa
E bebo a recompensa
Do mundo imaginado,
Resumos de outros dias
Aonde me trarias
Apenas o futuro,
Assim sem mais perguntas
As almas andam juntas
E o todo eu asseguro.

96

Fazendo deste outono
Num ar primaveril
O quanto se sentiu
E nisto em paz me adono,
Amor que em amor clono
O dia mais gentil
Jamais noutro se viu
Sem medo do abandono,
Espero após o tanto
O canto onde garanto
O risco de viver
Anunciando a sorte
Amar e ter um norte
Aonde percorrer.


97

Abraçar-te querida
E ver no teu olhar
O quanto do sonhar
Traduz a nossa vida,
A sorte repartida
O mundo a se mostrar
Imerso no teu mar
A lua preferida,
Descanso o verso e vejo
Amar sendo o sobejo
Caminho preferido,
Assim já nada cala
Minha alma toma a sala
E a dor agora olvido.

98

Deixando bem distantes
Os dias mais audazes
E nisto quando trazes
Os sonhos que garantes
Deveras me agigantes
Amor vencendo as fases
E mesmo que mordazes
Os cantos deslumbrantes,
Esqueço cada engodo
E bebo deste todo
Traçando em ti meu rumo,
Depois de cada noite
A vida nos acoite
E dita o quanto assumo.

99

Que teimam maltratar
Quem tanto se fez mais
Vagando em siderais
Espaços a mostrar
O amor quando tocar
Trazendo a nós o cais
Gerando em rituais
Momento de sonhar,
O cântico em louvor
A vida em raro amor
A cor maravilhosa,
E nesta fantasia
O brilho moldaria
O quanto esta alma goza.

19600

Eu amo-te demais,
E nada impediria
O quanto a fantasia
Traduz teus rituais,
Momentos sem os quais
A vida não valia
Sequer o que podia
Em riscos desiguais,
Adentro o teu cenário
E o mundo imaginário
Desenha este momento
E quanto mais eu pude
Vibrar em juventude
Bebendo inteiro o vento

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