quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

MITOLOGIA NÓRDICA

MITOLOGIA NÓRDICA


1

Balder

O filho do Odin e Frigga, a divindade
Trazendo na justiça a sua marca,
Também sabedoria quando abarca
Disseminando além boa vontade,

Porém num pesadelo que ora invade
O sentimento amargo quando embarca
Traçando com terror a sorte parca
E o tanto quanto possa se degrade,

Alucinado, foi mandado a Terra
E se tornou mortal, mas protegido
Até que Hod, por Loki sugerido

Atinge-o com a flecha feita em visco,
A morte então tombando; enfim desterra
Num ato tão atroz em duro risco.

2

Bragi

O deus da poesia, um trovador
Casado com Iduna que traria
A eterna juventude em alegria
De Odin um feito em raro amor

Por Loki foi também, pois atacado
E deste desenhar o que se vira
Num misto de verdade e de mentira
O tempo noutro corte desenhado,

Na luta contra Loki se traçando
Um dia mais atroz em vento e medo,
Assim o que pudera em desenredo
Gerando este momento tão infando,

Assim o deus-poeta além já fita
E encontra na amargura esta desdita.


3

Forseti

Anfitrião da sorte, um deus que é justo
Traçando o seu caminho em plena paz
E na meditação também se faz
Sabendo deste mundo tão injusto,

O quanto poderia em raro custo
Trazer o que deveras fosse audaz,
No olhar que nada mesmo satisfaz,
O tempo não seria tão augusto.

Forseti sem mentir levara além
O quanto poderia em coerência
E a vida neste fato dá ciência

Ao todo que deveras já contém
Imparcial agindo com firmeza,
Somente da verdade sendo presa.

4

Dagr

O deus que reina sobre o claro dia
Atravessando os céus em carruagem,
E a cada amanhecer em tal viagem
Acende toda a luz em ardentia,

E marca com superna fantasia
O quanto poderia em toda aragem
Tornando bem mais clara a paisagem
Do sol sendo o sobejo e nobre guia.

O filho do crepúsculo vagando
No espaço sem limites, desde quando
A força da Natura se fez tanta,

O mundo em suas mãos tão radiante
E a cada novo passo, já garante
O brilho que decerto nos encanta.

5

Freyr

Um deus que comandava o tempo e traz
Plena fertilidade em alegria
E em paz a cada tempo surgiria
Marcando o quanto possa ser tenaz

No reino aonde os Elfos com tal luz
Gerassem e trouxesse crescimento
Aos vegetais e assim cada momento
Abençoada sorte já traduz,

Dotado de uma espada rara e mágica
Montando um javali em ouro feito,
Que à noite reluzindo dita o pleito

Da vida soberana e mesmo prática,
Assim o poderoso deus cultiva
Aterra que mantém destarte viva.

6


Heimdall

O guardião dos deuses e da ponte
Que iridescente traz este caminho
Em arco tão sobejo onde me alinho
Neste policromático horizonte,

E quando noutro instante além aponte
Aguçada visão e trama o ninho,
Erguendo o seu olhar, vence o daninho
Cenário aonde o medo tanto apronte.

O deus das estratégias, muito embora
A fúria que deveras já devora
Coloca Loki então em suas mãos,

E a morte se desenha dos dois lados,
Destinos em tal dor entrelaçados
Futuros se tornando meros, vãos...


7

Hermod

Mensageiro dos deuses levando as almas
Dos mortos para além; neste submundo
Cenário tanto atroz onde aprofundo
A vida se moldando em velhos traumas,

Tentando assim de Balder resgatar
Sua alma, encontrando-se com Hel,
E o fato se desenha enquanto o véu
Não possa nem sequer tentar tocar,

Odin agradecendo tal intento
Empresta o seu cavalo e neste fato,
O voluntário traz e assim constato
O quanto pode mais o sentimento.

Do simples mensageiro, um ato nobre
E nisto a divindade se recobre.

8

Höðr

Um deus que cego em acidente
Matara o seu irmão, e de tal sorte
Nas mãos de Vali teve a própria morte,
Mostrando-se talvez imprevidente.

O quanto deste rumo se apresente
Sem nada que deveras o conforte
Vestindo com terror um ledo norte
E nisto outro momento em vão já sente.

Por suas mãos, Balder teve seu fim,
Arquitetado ou não, Loki se envolve
E desta forma brusca o que resolve
Explode num tormento e traz assim

A imagem turbulenta onde se vê
A vida sem sentido, e sem por que.

9

Loki

Um gigantesco deus feito em maldade
Reinando sobre o fogo; a travessura
E na trapaça sempre se assegura
Enquanto a cada instante se degrade

Em multiforme face, estrategista
Ousando nas mentiras, nas intrigas
Causando então nos deuses tantas brigas
E nisto nova queda então se assista,

Irmão do deus Odin, é respeitado
E a Thor ajuda e num instante
Aonde o que pudesse se garante
Trazendo o seu martelo, antes roubado.

São tantas peripécias e constantes
E a vida traz audácias dissonantes.

10

Mimir

O mais sábio dos deuses num momento
Ao ser decapitado este gigante
Odin mantendo-a viva, já garante
Onisciência e trama em raro alento

O quanto em tal poder, conhecimento
Gerando outro cenário doravante
E assim a cada passo se adiante
E geste o que tentara em tal provento,

Ao beber desta fonte em raro dom,
Grande Sabedoria, tudo concebera
E a vida se mostrara e percebera

Também com privilégio em mesmo tom
O quanto se pudesse e se desenha
No mundo aonde a sorte dita ordenha.

11

Njord


Njord o deus do mar; fertilidade
Trazendo para a Terra e dominando
Os ventos noutra face se mostrando
Enquanto a vida busca uma verdade,

E quando com astúcia e lealdade
Protege os pescadores desde quando
A sorte se desenha e demonstrando
O quanto poderia e tanto agrade,

Casado com a deusa feita inverno
E nisto foi deveras infeliz,
O quanto da esperança contradiz

O quanto poderia ser eterno,
Do mar e das montanhas contra-sensos
Tornando então abismos mais extensos.


12


Odin

Odin, o deus dos deuses tem diverso
Papel e reina além da vida e morte
Poder que na verdade ele comporte
Não caberia apenas neste verso,

E o passo de quem reino no universo
Ainda se traduz bem mais que o norte
E o todo nos tramando noutro aporte
E neste caminhar poder disperso,

Traz na sabedoria, e na magia
Além da profecia e poesia
Vitória, caça e onisciência

E quando no seu trono ele observava
A vida feita em sonho, neve e lava,
Trazendo com vigor plena potência.

13

Thor

O deus que traz na força mais sublime
O quanto possa além da plenitude
E gera cada passo onde transmude
Reinando sobre o quanto mais redime

A sorte se desenha e sendo assim
Mais forte entre os diversos deuses traz
No seu martelo o quanto é mais audaz
E molda em seu caminho início e fim,

Trazendo em suas mãos cada trovão
Explode contra todos inimigos
E vence-os e tramando em desabrigos
Ou mortes o que possa desde então,

Enquanto Odin um sábio sem igual,
Em Thor a força bruta, magistral.

14


Týr

Týr o precursor deus do combate
Dos vikings o patrono da justiça
Vivera antes de Odin e nisto viça
Marcando com vigor o que arrebate,

Dos juramentos, céus, luz o arremate
E neste caminhar a cada liça
Desenha muito além de uma cobiça
O tanto quanto possa e se constate

Na lança como símbolo trazendo
O tempo noutro tanto percorrendo
Tramando com vigor o que viria,

E assim tangenciando a plenitude
Um deus ao mesmo tempo amável rude
E nele se transborda esta euforia.

15

Ullr

O deus do julgamento traz também
Na agricultura a força sem igual
Filho de Thor trazendo em ritual
A senda desenhada em raro bem

E quando na verdade ele contém
Caminho pela vida, magistral
E neste caminhar consensual
Expressa o que deveras sempre tem,

Um passo para frente e se mostrando
O deus que na verdade se faz brando
E tem tanto poder a cada instante

E assim noutro momento mais sublime
Aonde na verdade se aproxime
Do quanto se desenha e se garante.

16

Vidar

O deus que da vingança faz seu trilho
Um dos filhos de Odin traz no combate
A sorte que deveras tanto embate
E nisto se anuncia em raro brilho

Ao ver o pai em luta devorado
Pelo lupino mais atroz este gigante
Fenrir, se aventurando num instante
Trazendo o que pudera noutro fado,

Rasgando-o no meio, é vencedor
E assim tentando além salvar o pai,
Que mesmo desta forma já se esvai
E dele se traduz o sucessor,

Vidar trazendo a fúria de quem tenta
Vencer com tal vingança esta tormenta.


17

Víli

Víli o deus que traz à humanidade
O sentimento e mesmo uma emoção
E nesta face mostra desde então
O dom supremo feito em divindade,

E gera com calor e claridade
O tempo mais suave, a exposição
Do quanto poderia e desde então
A sorte se desenha em liberdade,

Ajudando enfim Odin no fato
Da criação humana onde constato
Em Ask e Embla primeiro par, casal

E assim se traz à vida a raça humana
E mesmo quando a vida além se dana
O tempo molda um ato magistral.

18



O deus que permitiu à humanidade
O dom da fala e traz na rara lavra
O todo mais audaz de uma palavra
E nisto cada instante em claridade

Participa também da criação
Dos homens sobre a Terra num momento
E trama como possa o sentimento
E nele tem tamanha dimensão

Gerando este casal e dele o todo
Num mundo onde se possa realmente
Viver o que talvez já se apresente
Vencendo este terror imenso e o lodo,

Ao perceber a sorte de tal forma
A vida noutro passo se transforma.

19

Magni

Filho de Thor traz na força imensa
A face principal de um deus sublime,
E quando num momento já se estime
O quanto a própria vida enfim compensa

E neste palco feito em plenitude
O todo se apresenta noutro instante
E a sorte de tal forma se garante
Enquanto o dia a dia tanto ilude,

A marca deste deus em tal potência
Trazendo com vigor a glória rara
Magni a cada instante se declara
E disto com certeza tem ciência

Sabendo deste passo rumo ao tanto,
Na história de um deus bravo, eu agiganto.

20

Óðr

Óðr que de Freyja foi companheiro
Trazendo em energia a sua marca
A sorte muitas vezes quando abarca
Traduz este caminho, o derradeiro,

Um deus que talvez seja o próprio Odin
Ou mesmo noutro rumo o que transcende
Ao todo, mas deveras se desprende
Do tanto quanto possa crer no fim,

Configurando assim diversa face
E neste caminhar nada traria
Senão a mais suprema fantasia
Aonde este poder já se mostrasse.

Rumando para além da plenitude,
O quanto a cada instante o tempo mude…

21

Eir

A deusa que ligada à medicina
Trazia em suas mãos, alívio e cura
Eir cuja lembrança inda perdura
E nisto e a cada passo mais domina,

Sentindo que se mostra em tom real
Da saúde decerto como um todo
E quando se observando sem engodo
Presume-se em Eir, o original.

Destarte se traçando a cada dia
Um renovar que volta aos velhos tempos,
Vencendo Idade Média e contratempos
Traduz o que se fez sabedoria.

Ciência feminina e tão somente,
Esta arte tem ali rara semente.

22


Freia

A deusa que trouxera em sensual
Caminho, amor, beleza e o próprio sexo,
E da alma feminina este reflexo
Gerado a um só tempo, magistral,

Da luxúria, da música e das flores
Da magia, em lágrimas douradas
A líder das Valquírias, nas estadas
Ousadas entre belas, raras cores,

O lacrimejo em âmbar transformado
Voluptuosa a deusa tão sublime
Que a todo instante volta e nos domine
Regendo de tal forma nosso Fado,

E sendo Freia a deusa, além, suprema
Decerto em tal fortuna nos algema.

23



Frigga

Beleza incomparável a mãe suprema
Em todo o seu poder, a deusa traz
Fertilidade em plena e rara paz
Moldando a cada passo, o quanto extrema

Assim além do dom da profecia
Frigga, que de Odin a companheira
Tramando o quanto possa e tanto queira
Reinando com perfeita sintonia.

A deusa da união, do matrimônio,
Parceira mais fiel do deus sublime,
E quando a cada instante além se estime
O tanto quanto possa em patrimônio

Expresso na superna majestade,
E nisto se anuncia em divindade.

24

Gerda

A sábia e bela deusa que se fez
Protetora das almas que perdidas
Vagassem sem sentido; nas ermidas
Marcadas por total insensatez.

Ao se casar com Mefym, um mortal
Depois de certo tempo descobriu
Que em ato mais atroz e bem mais vil,
Matara sua irmã Ninia; o venal.

E tenta assassiná-lo, sem sucesso
E desta tentativa o que restara
Da deusa, a alma marcada e em vã seara
O tempo noutro rumo onde confesso

Restando muito pouco ou quase nada,
Da deusa por Fortuna, maltratada...




25

Gefjun

Associada à arada, a deusa traz
Na virgindade um símbolo onde tece
O mundo que vivera em rara messe
E nisto o seu desenho mais audaz.

No mundo aonde o tanto que se faz
Gestando em ato nobre e já pudesse
Tramar o quanto dita em rumo e prece
O sonho que se mostre mais tenaz,

De virgens companheiros, pós a morte
Erguendo o seu momento onde comporte
Em eminência o tempo mais sutil,

E assim ao desenhar vital beleza
A sorte se mostrando sua preza
Gefjun transcende ao quanto viu.


26

Hlin

De Frigga uma assistente a deusa trama
A cada instante o quanto a vida anseia
E traz a quem sofrendo devaneia
A mão que serenando aplaca a chama

E quando um apenado; Hlin já clama
E nisto se presume e se rodeia
A vida se mostrando mesmo alheia
Ao quanto poderia em velho drama,

E assim ao consolar quem tanto pena,
A sorte traduzida mais amena
Permite algum alento a quem se dera

Sem rumo e sem um porto onde ancorar
Procura pelo menos um lugar
Que possa recender à primavera.


27

Iduna

Deusa da poesia, a soberana
Senhora feita em brilho e em harmonia
O quanto de seu mundo mostraria
A sorte que pudesse e assim se explana

Iduna se moldando a protetora
Que traz aos deuses a imortalidade
E neste caminhar o quanto agrade
Além do que tentara ou mesmo fora,

Usando da maçã como o elixir
Que possa demonstrar a vida eterna
A deusa desenhada bela e terna
A todo instante traça o que há de vir,

Restaura a juventude e nos permite
Tentar seguir além de algum limite.

28

Jörð

Deusa da Terra, a mãe de Thor expressa
Com todo o seu denodo este cuidado
Ao planeta decerto abandonado
Aonde a própria sorte em vão tropeça

E o quando do viver exige pressa
E noutro caminhar encontre enfado,
A todo instante o tempo quando invado
No fundo noutro instante recomeça,

Assim com maestria a divindade
Jörð se transfigura em quanto agrade
Permite que se veja muito além

Do quanto na verdade a vida tem
E molda no futuro esta esperança
Que aos poucos, cada tempo mais avança...

29

Lofn

De amores proibidos, divindade
Que rege estes momentos mais audazes
E quando em coração aberto trazes
O todo que decerto além já brade,

Trazendo enfim à toda humanidade
O quanto se permite em tantas fases
A luta se anuncia onde tenazes
Momentos transcendendo à lealdade,

Adúlteros caminhos, louco amor,
E mesmo que se mostre tentador
Cenário tantas vezes maltratado,

Porém na proteção da deusa nobre-
Lofn- o vasto amor já se recobre
E vejo-o com certeza; abençoado.


30


Rind

A gigantesca deusa, uma princesa
Que com Odin tivera um filho; Váli
E quanto mais deveras avassale
O coração do deus, qual mera presa,

Ainda se mostrando em tal beleza
O tanto quanto possa e não se cale
Marcando em tão sobeja glória fale
Do amor sem ter igual, e sem surpresa.

Rind, esta bela russa traduzindo
O quanto cada instante possa infindo
Traçar diverso passo além do todo,

E vendo em tal história um fato além
Sonho se delimita onde contém
Bem mais do que pensara em mero engodo.


31

Skadi

Deusa do inverno, bela e majestosa
A filha de um gigante; Þjazi tem
Nas montanhas geladas de onde vem
A sua força além, tão fabulosa,

A vida se mostrara e se antegoza
Diverso caminhar enquanto alguém
Encontra noutro ser supremo bem
E assim dita deveras caprichosa,

Ao se encantar com deus do imenso mar,
Esta união que fosse singular,
No fundo não pudera ter à frente

Qualquer futuro quando se apresente
Tão dispare caminho, calor-neve
E ao fim sem harmonia, o tempo leve...

32

Arvak (aquele que acorda cedo) e Alsvid (o mais rápido)

Da deusa Sol a bela carruagem
Levada neste espaço sideral
E nisto se desenha em ato tal
A maravilha feita na viagem

Ousando na sobeja paisagem
Vagando pelos céus, em ritual
Diuturno e com certeza sem igual
Marcante delirar, cada passagem.

Arvak e Alsvid decerto em tons diversos
Traçando em união tais universos
E nisto desenhando em céu azul

Beleza que se vendo dia a dia
Aos poucos no azulejo além nos guia
Erguendo a plenitude: norte ao sul...

33

Fenris

O lobo gigantesco acorrentado
Até no Ragnarok quando se solta
Gerando com furor tanta revolta
E o tempo noutro rumo desenhado,

De Angrboda, gigantesca e atroz figura
Com Loki, num instante em desvario,
Devora o próprio Odin e em desafio
Sendo por Vidar morto onde assegura

O pai de Hati de Skoll traz desde cedo
A fúria neste olhar, lupina fera
E quando se desenha tal quimera
A sorte se mostrando em desenredo,

Somente Týr tivera então coragem
De alimentar o monstro, atroz voragem...

34

Garm

Um gigantesco cão guardando o inferno
Na gélida expressão se vendo o quanto
A vida se transforma e não garanto
Sequer o que pudesse ser mais terno,

E quando dentro da alma assim interno
O mundo noutra face em tal quebranto
Gerando tão somente o desencanto,
Eternizando na alma o duro inverno,

Assim ao se mostrar o destemido
Canino feito em dor eu dilapido
Meu sonho se transforma em pesadelo

E vendo esta figura mais atroz,
Calando neste instante a minha voz,
Somente por saber e mesmo vê-lo.

35

Freki e Geri

De Odin tais lobos seguem cada passo,
E assim ao se mostrar em rara tez,
No quanto a cada instante tu já vez
O mundo se moldando em novo traço,

Freki e Geri seguindo assim seu dono,
E nisto se alimentam e deveras
Traçando noutros ermos; primaveras
E nelas deste sonho ora me abono,

Enquanto Odin sorvendo este hidromel
Os lobos são carnívoros e tendo
Ao longe o que possa se prevendo,
Não trazem a faceta mais cruel,

Apenas animais de estimação,
Nos lúpicos cenários desde então.

36


Grani

Sigurd recebe assim o seu cavalo
Do próprio Odin que em forma de um humano
Trouxera em ato nobre e soberano,
Eqüino sem igual ao seu vassalo,

Um dia ao caminhar numa floresta
Sigurd encontra um velho e em montaria
Diversa se demonstra e ali traria
O quanto noutra face; a sorte empresta,

Destarte ao lhe mostrar este animal
Superior a todos em beleza
E tendo com brandura esta destreza
E dele se aproxima e num sinal

Percebe ser o velho o próprio Odin
E Grani passa a ser o seu rocim.

37

Gullinbursti

Um javali gigante feito em ouro
Por Brokk e Eitri anões que numa aposta
Com Loki tendo assim em tal resposta
O tempo noutro vasto ancoradouro,

Em disciplina e força, o javali
Impunha tal respeito aos contendores
E sendo que deveras onde fores
Ouvirás as histórias que eu ouvi,

Falando da sobeja maravilha
Que até, pois Midgard já respeitava
A sorte mesmo quando atroz e brava,
Além do que possa já palmilha

E assim em tal presença se apresenta
A vida em tez audaz e violenta.

38

Hati

Um lobo que persegue a própria lua
Nas noites onde surge a plena face
Daquela que deveras se mostrasse
E sempre noutro rumo além flutua,

Destarte a sua senda continua
Enquanto o lobo assim agora uivasse
E neste caminhar o que se trace
Presume o quanto a vida inda cultua.

De Fenrir, este filho tão feroz
Que traz em sua força o que pudera
Marcando com terror a amarga fera

Ousando muito além em rude voz,
E assim se desenhando este cenário
Ao mesmo tempo rude e temerário.

39


Hræsvelgr

Hræsvelgr este gigante que deveras
Se metamorfoseia em rapineira
Uma águia tão sobeja que se esgueira
Em asas tão dantescas, ledas, feras.

Assim ao espalhar suas quimeras
Este gigante traz como bandeira
A fúria sem igual e derradeira
Marcando talvez mesmo o fim das eras.

Fazendo os ventos neste turbilhão
Num vórtice prevendo desde então,
Gerando a tempestade enquanto voa,

E vendo a enormidade deste ser
O mundo num diverso padecer
Ainda em sorte atroz, em dor ressoa.

40

Hugin e Munin

Memória e pensamento, sem estorvos
No Midgard traçando os seus caminhos
De Odin os mensageiros em seus ninhos
Apresentando assim estes dois corvos,

E deles se avizinha a plenitude
Do quanto onisciente se fez mais
Odin entre diversos rituais
E nada mais deveras desilude,

O quanto em tal poder se presumira
Na sábia intervenção do deus maior,
O quanto deste rumo sei de cor,
Mantendo sempre acesa a imensa pira,

E assim ao se mostrar além e inteiro
O deus ultrapassando onde me esgueiro.


41

Jörmundgander

Jörmundgander irmão de Fenris traz
Aspecto de serpente gigantesca,
Jogada no oceano a tão grotesca
Figura que se fez além mordaz,

Odin tentando o quanto se desfaz
E nesta face atroz ora dantesca
A serpe se anuncia e nababesca
Voltando à superfície, mais audaz,

No Ragnarök liberta, e em seu veneno
Espalha sobre a terra em mortandade,
Em Thor busca a vingança e assim degrade
O fato que jamais se fez sereno,

E traz tanto terror a quem a vê
Tornando a própria vida sem por que.

42

Níðhöggr


Níðhöggr este dragão voraz que vem
E devorando os mortos num instante
Figura mais atroz; horripilante
E traça a própria face com desdém

Da Yggdrasil atacando as raízes
Tentando destruir todo o universo
E neste caminhar pelo submerso
Cenário tantas vezes em deslizes

No Ragnarök voltando à superfície
Trazendo os corpos mesmo em nova senda
Marcando o quanto possa e assim se atenda
O quanto a cada passo em tal sandice,

E assim ao profanar a própria vida,
A sorte noutra face já perdida.

43

Ratatoskr

Ratatoskr qual fosse um ledo esquilo
Traçando na Yggdrasil, tantas intrigas
Tentando provocar diversas brigas
E neste seu delírio, em raro estilo,

Trazendo da águia ao rústico dragão
Diversas e profanas heresias,
E quando em tal cenário tu verias
O mundo em mais completa imprecisão,

Gerando com discórdia o desalento
Moldando então a fúria a cada instante
E nisto se aproveita, e se adiante
Sorvendo mansamente todo o vento,

Na face mais atroz de um ser tão ermo,
O mundo se desenha em torpe termo.



44

Skoll

Um lobo que persegue o próprio sol,
Skoll tentando a deusa devorar
E nisto se apresenta o caminhar
Sem base num delírio em arrebol,

E tendo esta impressão, ledo farol,
O quanto poderia desejar
E nisto a imensidade em luz solar,
Deveras furioso girassol,

Filho de Fenrir, que num momento
Junto com seu irmão que busca a lua
Até que conseguindo o seu intento

O Ragnarök deveras tem início
E o quanto se tal forma desvirtua
Gerando neste instante o precipício.

45

Sleipnir

Sleipnir o cavalo em rapidez
Inigualável sendo este corcel
De Odin o mais audaz e mais fiel
Marcando quanto a vida assim se fez,

Das oito patas vejo em lucidez
O quanto poderia em raro véu
Ousar e imaginar em carrossel
O tempo quando além agora vês.

Um filho de um soberbo garanhão
Com Loki em fêmea assim transfigurado,
E um reino noutro ponto desenhado,

Expressa a vária face em dimensão,
Na dúbia caminhada deste deus
Andrógina figura; luzes, breus...

46

Svadilfari

Svadilfari o pai de Sleipnir traz
No cruzamento com Loki deveras
Tramando noutra face o que inda esperas
De um deus, hermafrodita e mais audaz,

Deixando o seu passado para trás
Envolto entre diversas, ermas feras
E assim noutro momento em tais esferas
Mergulha num aceno feito em paz,

E pari este cavalo que de Odin
Traçara outro cenário aonde enfim
O mundo se moldara em tom diverso,

E quando em força e rara maravilha
Neste galope além deveras trilha
Vagando sobre todo este universo.

47

Asque

O primeiro dos homens sobre a Terra
Em Embla tendo o par e a companheira
Aonde a sorte molda e assim se inteira
No todo que decerto ora se encerra

Em Asque o que a sorte molda e cerra
Marcando humanidade onde se queira
A face dentre tantas, a primeira
Ousando muito além da mera serra,

Criados do suor que do gigante
Ymir ao se mostrar por um instante
Antropomorfa face se moldara

E assim no quanto a vida se fizera
O todo desenhado em tal esfera
Aos poucos se transforma em jóia rara.

48

Nornas

As Nornas deusas donas do destino
Na sorte, num azar, na providência
E nisto em inconstância a prevalência
Do mundo em mais completo desatino,

E tendo em suas mãos o cristalino
Momento aonde toma esta ciência
Gerando sem temor cada evidência
E neste caminhar já me fascino,

Urd, Vernandi e Skuld, as três que regem
O passado o presente, e no futuro
O quanto poderia mais seguro

Destarte novos sonhos que inda elegem
Os dias que passaram e virão,
Na mais sublime ou dura dimensão.

49

Valquírias

Valquírias sendo servas deste Odin
O deus que soberano em sábios passos
Tramara com seus ritos tantos traços
Marcando com firmeza início e fim.

Mulheres em montarias sempre aladas
Armadas com seus elmos, suas lanças
E quando noutro instante agora avanças
Presumem-se diversas as jornadas,

Escolhem os guerreiros mais audazes
E escoltam-nos até chegar as sendas
Aonde se imaginam as contendas
E nelas o que tanto tramam fases,

Os elmos que faiscando em raro astral
Desenhavam a aurora boreal.

50

Anões

Diversos os anões; e neles têm
Poderes mais complexos, que desvendes
Assim podendo ser ou não duendes
Da sorte muito aquém ou mais além,

Quando encontrados por algum mineiro
Trazendo boas novas, raros veios
E assim se desenhando sem receios
O mundo se mostrando alvissareiro,

Destarte com sutil imensidade,
Transportam a real face onde um dia
O tempo noutro tanto moldaria
Tramando o que puder felicidade,

E assim se desvendando algum mistério,
Nas sendas destes seres, tal critério...

51

Svartálfar


Svartálfar que são elfos negros vivem
No subterrâneo reino que se chama
Svartalfheim demonstrando sem a chama
Os dias onde tanto além se crivem

Da residência escura em tom soturno
A imagem que se tem, noutro detalhe
E nisto cada passo onde se talhe
Traduz o que pudesse além noturno,

E assim se desenhando este cenário
E nele se aprofunda o passo além
E o quanto na verdade já contém
Transcende muito mais que imaginário

E assim tais elfos ditam desalento,
Maldosas criaturas, em tormento.

52

Siegfried

Siegfried que é de Sigmund um filho nato
Após a morte deste em ar diverso
No póstumo caminho do universo
O quanto em tal desenho ora constato,

Marcante na verdade cada fato,
E deste desenhar enquanto verso
Ousando noutro passo já submerso
Trazendo o quanto possa e além retrato

Hiordis sua mãe casa-se então
Com Alf que levando-o para além
Nas mãos de Regin tudo o que inda vem

Explora com ganância este filão,
Alertado por pássaros sobre o risco,
Matando enfim Regin, atroz e arisco.


53


Durinn (soneca) e Motsognir (irritado)


Da carne decomposta do gigante
(Ymir), os vermes numa mutação
Gestando na verdade cada anão
E neles outra raça doravante,

Destarte dos primeiros, estes dois,
A sorte se tornou bem mais frequente
E o quanto com certeza se apresente
Traduz o que virá logo depois.

E de tal forma a vida se renova,
Enquanto nova raça se fizera,
A vida se prepara em nova esfera
E o tempo se coloca então à prova,

E assim dos dois anões, os ancestrais
Vieram vários outros, tão iguais.

54


Filhos de Ivaldi

Os quatro anões em rara maestria
Forjaram o navio; aonde Frey
Vagasse por caminhos tantos, grei
Diversa da que outrora poderia.

E de Odin fizeram lança que invencível
Pudesse transportar a força imensa,
E nisto cada instante mais convença
Deste poder deveras implausível,

E os cabelos de Sif em ouro puro;
Ousando em maestria soberana,
E quando este caminho a vida ufana,
O tempo noutro encanto ora depuro,

E vejo em privilégio sem senões,
Esta arte tão suprema dos anões.

55


Einherjar

Mortos guerreiros que Valquírias trazem
Levando até Valhana, aonde em sorte
Ao terem em banquetes raro aporte
E nisto outros momentos que inda fazem,

E no palácio os dias mais felizes
Gerados pós a morte na batalha,
A vida de tal forma em luzes talha
Caminhos sem temores e deslizes,

Treinados por Odin para o momento
Fatal que se previra, ao fim de tudo,
E quando a cada passo mais me iludo
A própria desventura eu alimento,

No Ragnarok o tempo se transforma
E a luta sem sentido, em dura forma...

56

Elfos

Os elfos como fossem fadas trazem
Quando em fertilidade, na Natura
O tanto que virá se configuram
E nisto com certeza tanto fazem,

Ao terem o poder desta magia
Eternos ou longevos, benfeitores,
Os elfos entre tantos dissabores
Traduzem esperança em harmonia

Sensíveis e decerto por arqueiros
São sempre protegidos contra a incúria
De quem se fez atroz em sorte espúria
Tentando destruir estes canteiros

Aonde a paz floresce em primavera
Eterna, enquanto a sorte em sorte gera.

57

Elfos de Luz (Ljósálfar)

De rara forma em bela face vejo
Mais belos do que o sol, iridescentes
E desta rara imagem também sentes
O quanto se traduz em claro ensejo,

Qual fosse um deus do Sol em Raios tantos,
Os Élficos caminhos se apresentam
Marcando com brandura e experimentam
Matizes tão sutis, nobres encantos,

E assim ao se mostrar tanta beleza
A sorte se anuncia mais sobeja
E tendo todo o sonho onde poreja
A imagem mais sublime em tal surpresa,

Tramando em noite imensa o quanto traz
Sublime maravilha, intensa paz...

58

Gigantes

Ginungagap

Ginungagap, primeira criatura
A ser criada sobre a Terra nua,
E deste ser disforme a sorte atua
Marcando o quanto possa tal ventura,

Das axilas surgindo filho e filha,
Dos pés que copularam, surge em ente
Que em seis cabeças logo se apresente
Enquanto este cenário ao longe trilha.

Proliferando sobre a Terra inteira
Até que no surgir dos deuses vêm
Na força e sutileza, noutro bem,
Odin destrói e espécie, mas na esteira

Da história permanece um exemplar
E assim gera um sutil recomeçar.

59

As forças deste caos inicial,
Embora numa inteligência escassa
O quanto se demonstra desta raça
Marcada pela fúria desigual,

Em bruscos passos, ser atroz, venal
Rudimentar cenário aonde traça
A luta sem sentido e quando passa,
Um ato mais insano ou já boçal.

Um ser tão primitivo quanto atroz,
Em hedionda face, olhar que em trevas
Expressa as dimensões em almas sevas
Negando com certeza a rude voz,

Mas como toda regra, uma exceção
Há sábios entre as feras. Por que não?

60

Vaftrudener

Vaftrudener; um sábio gigantesco
Que em raro desafio com Odin,
Perguntas e respostas – já no fim
Perdendo por detalhe pitoresco,

O respeitável ser, trazendo além
Do quanto poderia e se pensara
Ao ter em sua força imensa e rara
Além do que se espera e assim retém

Sabedoria imensa e mostra a face
Da vida em suas tantas variantes
E sendo raridade entre os gigantes
Um tempo abençoado agora trace,

E nega por si só tal preconceito,
Aonde cada ser tem próprio jeito.

61

Aegir


O deus que dominava inteiro o mar,
Dos elementos d’água majestade,
E tendo com certeza a qualidade
De num momento em fúria apaziguar,

Porém noutra procela a se mostrar,
E quando tal terror agora invade
Levando para além tranquilade,
O mundo se anuncia em turvo mar,

E assim dos marinheiros, sacrifícios
Tentando sossegar os malefícios
Deste oceano agora que em procela

Sua outra face traz e se revela,
Mas quando serenado em plena paz,
Aos mais diversos rumos; leva e traz.

62


Bergelmer

Sobrevivendo ao sangue que esvaíra
Do corpo do gigante Imer que Odin
Matara e neste instante quase o fim,
Da raça aonde o tempo já desfira

E marque com furor em cada tira
O tanto que pudesse ser assim,
E o vento se adentrando em tal jardim,
Na força redentora ora se atira.

Assim com sua esposa escapando
A Terra noutro tom repovoando
Traçando algum futuro para quem

Durante tantos anos, bons ou maus
Reinavam sem rivais em pleno caos
Até que os deuses novos chegam, vêm...


63


Bestla

A mãe de Odin, de Vé e de Vili,
Casara-se com Borr, e de tal sorte
Gerando esta gigante um novo norte
Diverso do que outrora percebi,

O tempo traz respostas para tudo
E tendo em sua prole a divindade,
Deveras noutro passo, Odin degrade
A gigantesca raça em tom agudo,

Fortuna se transforma; variável
Do quanto no passado nada resta
A lida se desenha mais funesta
Num ar deveras rude ou intragável,

E a luta se desenha a cada dia,
Gerando o que deveras perderia...

64

OS MUNDOS DA MITOLOGIA NÓRDICA

Asgard Mundo Superior

O reino aonde os deuses habitavam
Diverso dos caminhos dos mortais,
Gerado nos momentos magistrais
Aonde os tantos deuses descansavam,

Heimdall, o guardião do paraíso,
Planície de Ida sendo o centro e assim
Os Æsir se encontrando têm enfim
Local bem mais tranquilo e mais preciso.

E neste mundo em ar superior,
As decisões deveras são tomadas,
E as sortes nestes rumos desenhadas
Cenário feito em medo, ardor e amor

Envolto por mentiras, por intrigas
Eram comuns ali diversas brigas.


65

Midgard Reino dos humanos

No tronco da Yggdrasil se vendo o mundo
Aonde os mortais possam trafegar,
Cercado por gigante e imenso mar,
Deveras tão feroz quanto profundo,

Passagem impossível para além,
Aonde uma serpente dominava;
Jormungard, que deveras sela e trava
O rumo de quem ouse; e a morte vem.

Um intermediário entre a raiz
E o topo da Yggdrasil, assim trazendo
Cenário às vezes belo ou mesmo horrendo

Nesta dicotomia feita em vida,
A sorte do futuro decidida
No passo noutro rumo se prevendo.

66

Jotunheim – terceiro reino

O mundo dos gigantes, rocha e neve
Dele estas criaturas num instante
Ameaçando os deuses; delirante
Cenário aonde o todo toma e atreve,

Também tornando a vida dos mortais
Em rara tempestade, a cada espaço
No tanto que pudera ser escasso
O tempo marca duros rituais,

E assim ao se mostrar a realidade,
O término dos sonhos se anuncia,
E o quanto se mostrara em voz sombria
Deveras no futuro já degrade,

E o tempo ora assolando sem defesa
Fazendo do universo sua presa.

67

Vanaheim – quarto reino

Repouso dos Vanir, deuses supremos,
No nível mais superno do universo,
E quando de tal forma tento e verso,
Os dias são deveras mais extremos,

Inacessível mundo se apresenta,
Porém ali os deuses mais pacíficos,
Benevolentes, mesmo tão magníficos
Diversos dos Æsir, fúria e tormenta,

Vanaheim traduzindo este cenário
E dele a paz se faz bem mais presente
Ainda que decerto ora se tente
Um tempo vez por outra temerário,

Porém a paz se mostra em rapidez,
E todo o vendaval já se desfez.

68

Álfheim - quinto reino

O lar dos elfos traz em mansidão
A glória que se trama em natureza
Gerando por si só tanta beleza
E nisto traz as sortes que verão

Os dias mais sublimes desde então,
Da vida sem temor e sem surpresa
Servindo uma esperança em lauta mesa
Fazendo da alegria, a refeição,

Esta iguaria rara e bem sublime
Que a cada novo passo nos redime
E deixa que se veja a liberdade,

Assim ousando além do quanto pude,
Tentando imaginar em plenitude
O mundo que deveras tanto agrade.

69

Musphelhein - sexto reino

O reino dos gigantes que do fogo
Traçaram seus caminhos mais atrozes
Em discordantes rumos, tais algozes
Jamais entenderiam qualquer rogo,

A partir das faíscas deste império
Geraram-se decerto os astros quando
O mundo de tal forma se tomando
E nisto outro momento mesmo etéreo,

Sultur, seu soberano talvez seja
Quem no Ragnarok trace num combate
Com quem sobrevivera em tal embate

E assim a sorte mesmo sendo andeja
Presume tal poder aos que terão
No olhar a imagem viva do verão.

70


Svartalfheim - sétimo reino

No mundo subterrâneo aonde os elfos
Noturnos habitavam se percebe
Além da diferença desta sebe
E não precisa nem buscar em Delfos

Resposta que os demonstra mais sombrios
Que os elfos luminosos, mais tranquilos
Diversa dimensão, diverso estilo,
Assim a vida traz seus desafios.

Traçando com terror tanta maldade
Os elfos desta estirpe num ditame
Marcando o quanto possa em ledo enxame
A cada novo passo assim degrade

A vida sem sentido e sem razão
Gerando após o nada, o turbilhão.

71

Nidavellir - oitavo reino

O reino dos anões neste submundo
Marcando em face escusa o que viria,
E mostra com certeza a mais sombria
Tormenta; aonde, incauto eu me aprofundo

Destarte o caminhar nauseabundo
Dos vermes que deveras se veria
A vida renascendo em agonia,
Num tempo mais atroz, e mesmo inundo.

Nidavellir traduz a escuridão
E próximo do Inferno se apresenta
E assim ao se prever esta tormenta

Momentos mais atrozes sentirão
Aqueles que deveras lá chegando
Sabendo desde já seu ar nefando.

72

Niflheim - nono e último reino


Reino do gelo em frialdade traz
Raízes mais profundas, neste enredo
Das tramas mais temíveis o segredo
Dos reinos entre dor, medo, mordaz.

Espíritos diversos, os anões
Do gelo, mas também frios gigantes
E neste vil cenário me adiantes
As cenas em terríveis emoções.

Em divisão diversa se apresenta
Até no último grau, o mais interno
A senda desvairada de um inferno
Traçado por loucura violenta,

Ali os nibelungos se encontrando,
Num tempo tanto atroz, feroz, infando.




73

Guerra Æsir–Vanir

Quando Freia foi presa, os Vanir
Não aceitando o insulto num momento
Aonde se moldara o sofrimento
E tudo se mostrando sem porvir,

No quanto a própria vida resumir
O rumo mais diverso estando atento
E nesta tempestade, o imenso vento,
Aos poucos se acalmando faz sentir

Após libertação da deusa, o tempo
Vencedor do que fora contratempo
Dos Æsir unindo-se depois,

E da unificação enfim proposta,
A sorte se mostrando mais disposta
Quando um mais um é sempre mais que dois.

74

Fimbulwinter


Invernos rigorosos que precedendo
Catástrofe terrível no final,
Sem ter sequer verão, um mesmo igual
Caminho sem destino enlouquecendo

Cenário se desenha e sendo horrendo
Traduz o quanto pôde ser venal,
Nas guerras, desvario que geral
Ataca e nada resta; só remendo.

E assim se preconiza o que virá
No Ragnarök mordaz e tão ferino,
As sortes mais diversas do destino,

Traçando o que se vira aqui ou lá,
Na morte sem sentido em duro eclipse
O nórdico tormento: apocalipse?

74

Ragnarök


Cenário que virá no fim dos tempos,
E assim rebeliões diversas ditam
Diversas tempestades onde agitam
Os mundos em terríveis contratempos.

Trazendo a morte mesmo de Odin, Thor,
Entre outros soberanos, sendo assim
A imagem derradeira, duro fim,
Num ato tantas vezes tão pior.

Porém uma esperança existe ainda
Da sorte que viria bem mais linda
Num mundo feito em paz e em harmonia

Casal de humanos refazendo a vida,
E a sorte que pensada já perdida,
Noutro cenário surge em sincronia...

2 comentários:

Antenor Emerich disse...

Parabéns, bélissimo trablaho, Adorei, e meus cinco filhos vãoa dorar.

Eddy Khaos disse...

Lindo...belo trabalhos