segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

HINDUÍSMO

HINDUÍSMO

DEUSES E PRINCÍPIOS.

001

A representação de um deus se mostraria
Configurando em corpo o tanto que ele traz
E vendo em cada cena o passo mais audaz
Ou mesmo na excelência a sorte em utopia,

E sei do quanto possa além da terapia
Vencer o que se molda em passo até mordaz.
Mergulhando decerto aonde o todo faz
A senda desejada e nela o que eu teria,

E multifacetário o deus se mostra além,
Em símbolos sutis e neles já se vêm
Diversidades quando o tempo se moldasse

E nesta própria luz transcende o que traduz
Em vária sensação ao quanto se faz jus
E mostre divergência em convergente face.

002

Nas mãos de um deus se vendo o quanto representa
Em objetos mostrando o rumo onde se quer
Não deixa para trás o quanto diz qualquer
Momento aonde a luta em vértice ou tormenta

Deixasse num segundo enquanto se alimenta
Do verbo e se moldara ainda sem sequer
Vencer o quanto é rude e tente se puder
Traçar em transparência a voz que ora apresenta,

Mostrando em suas mãos valores e sentidos
Em objetos se vendo os dias resumidos
Ou mesmo algum objetivo, e nele este motivo

Ao qual se entregue e mostre a imensa sensação
Dos templos de minha alma e neles se verão
O quanto ainda tenho, ou mesmo ora me privo.

003

Junção de crença vária em luzes convergentes
E nela se apresenta o rumo desejado,
O tempo noutro tempo explica além do fado
E mesmo quando em caos, apenas te alimentes

Os passos mais gentis e neles apresentes
O corte sem sentido e sei do quanto evado,
E na diversidade o mundo aprofundado
Sem ter em sumo expresso apenas o que sentes.

Vigência traduzindo o quanto pude e posso,
O passo na verdade eu sei ser todo nosso
E dele a confluência aprestando enfim

A imagem transparente e nela se respeite
A vida sem pensar apenas no deleite,
Ao revolucionar o quanto existe em mim.

004

BRAHMA

Usando um manto branco e montado num ganso,
O deus que é criador e assim já movimenta
Este universo imenso e vence esta tormenta
Delimitando aonde e quanto possa e avanço,

Cenário condizente em Brahma quando lanço
A voz quando se mostra e nisto me apascenta
A luta sem sentido infausta e vã, sangrenta
Enquanto o que se busca, um mundo justo e manso.

Das quatro faces; vejo o nascer destes vedas
E quando de tal forma além do passo enredas
A sorte se aproxima e mostra assim o Pai

Os vedas têm nas mãos, o rumo se anuncia
Fortuna que se queira e mesmo uma utopia
Enquanto o passo além, deveras não se trai.

005

SHIVA

O deus destruidor e multifacetário
Expressa a imensidão matando os vis demônios
E tanto quanto possa em ledos pandemônios
Vencendo o que se visse em termo temerário,

Num misto mais sutil, e mesmo solidário
Ou tétrico caminho em raros patrimônios
Ditando em sua sorte além vitais hormônios
O quanto se transcende e vence um adversário,

O símbolo da força a cada novo instante
Enquanto do caminho aos poucos se garante
Presume o que viria e mesmo inda virá

Senhor em plenitude espírito temível,
Simbolizando a vida em ênfase invencível
Guerreiro sem igual, recendendo ao maná.

006

Parvati (ou Mahadevi)

Filha da Cordilheira do Himalaia
Irmã do Ganges; vejo em seu olhar
A doce sensação de um raro amar
Nesta harmonia aonde não se traia

O passo que decerto tanto espraia
A clara precisão a se moldar.
De Shiva, a companheira tão constante,

Divina Mãe senhora que amorosa
É como se o espírito trouxesse
Em bela sintonia e desta prece

Em forma de deidade eu visse a rosa
Representando enfim esta união
Dos homens e mulheres, a emoção.

007

Uma

A deusa companheira do deus Shiva
Trazendo em harmonia a sensação
Dos cósmicos anseios que virão
Enquanto a sensação do bem nos cliva.

Das sortes mais suaves não se priva
E muda mesmo em Shiva a direção,
Marcando cada instante em mansidão
Apaziguando deuses; mansa Diva,

Num manto constelado; o imenso céu
E a cósmica presença em divindade
Das estrelas trazendo a bela luz

Tocando mansamente assim a vida,
E o canto se mostrara em construída
Imagem tão serena que seduz.

008

Durga

A deusa que feroz; expressa nos seus traços
A luta contra a fúria enfrenta os vis demônios
Domina o quanto possa e mesmo em pandemônios
Na força que traduz enfim os seus dez braços

Do quanto se imagina, a mãe interior
Regendo enquanto aplaca o Ego noutro instante
Nascendo da trindade em boca flamejante

Uma Parvati monta a fera que felina
Em tigre; desenhada, enfim reina e domina
Tempesta que destrói – se não cuidar- o amor.

009

Kali

Parvati temerária em fúria sem igual
Destrói sem piedade em sangrento holocausto
Trazendo a cada instante o quanto pôde infausto
Marcando com temor um ledo ritual,

Porém ao se sentir ali destruição
Deste Ego Interior de quem não se entregara,
Mostrando a face escusa e sei o quanto amara,
Mas tendo em intenção porquanto nos amara

Moldar de forma vária o ser que renascendo
Permite a evolução, mesmo que dolorosa
Espinho exalando odor de rara rosa

Quando no Inferno atômico; expressa a dimensão
Maior do que pudera em clara direção
Segunda Morte traz na face poderosa.

010

Nandi

O companheiro e mesmo a montaria,
Músico e camarista do deus Shiva
Um touro cuja luz reprodutiva
Trazia o quanto possa e moldaria,

Assim neste crescente lua traz
O símbolo que tanto assim atesta
No quanto Shiva mostra em sua testa
A força do parceiro contumaz.

Representando então a redenção
De uma alma em energias sensuais
E nesta sensação tais vendavais

Explodem nesta imensa dimensão,
Da divindade feita em plena luz,
Num Espírito, Santo nos conduz.

011


Kartiqueia (ou Scanda)

Filho de Shiva, o deus que em guerras, soberano,
Só se interessa mesmo enquanto na batalha
Nos braços que são doze, assim se espalha
E marca com vigor e astúcia cada plano.

Representando enfim a força da Alma Humana
Que luta sem cessar enfrenta a fúria interna
Aonde vejo este Ego e quanto nos consterna
Assíduo lutador e nisto não se engana,

Vontade de vitória expressa com tenaz
Desejo sem igual e nele se expressando
Porquanto se imagina aonde se quis brando

A força inusitada enquanto além se faz,
Comando celeste e imensa legião,
Misteriosamente em cima de um pavão.

012

Ganesh

Representando em si sabedoria imensa
Trazendo na cabeça imagem de elefante
Prosperidade em vida, assim quer e garante,
E nisto se desenha aqui tal recompensa

E quando desta força além já se convença
A sorte muda o rumo e sei que doravante
O passo que se dê permite que adiante
A força demonstrada em face audaz que vença

Mostrando em equilíbrio o rumo que se possa
Tramar o quanto existe e sei do quando endossa
E no triunfo além, deveras a conquista

Em tal prosperidade o sonho realiza
Vencendo a tempestade, imerso numa brisa,
Assim Ganesh nos dita além do que se avista.

013

Vishnu

O que mantém, conserva; um deus universal
Cósmico Cristo traz em vários avatares
As marcas mais sutis e nelas os altares
De um tempo reencarnado em ato magistral,

Assim ao percorrer o mais sublime astral
Vagando muito além do quanto não notares,
Estando de tal forma em todos os lugares
Redime e nos ajuda, um deus fenomenal.

Da flor de lótus traz além desta maçã
Um disco, um búzio e assim expressando amanhã
Que possa nos mostrar um tempo mais suave,

E Vishnu completando enfim esta trindade
Mostrando além de Brahma e Shiva a divindade
Que com paz; mesmo em fúria, ao fim já nada entrave...

014


Matsia

Durante a tempestade, este dilúvio insano,
Manu sobreviveu quando se prendendo
Nos chifres deste peixe, é Vishnu intercedendo
Mudando a direção do mais terrível plano,

Matsia, na verdade o peixe que em questão
Trazendo este poder e nele o quanto possa
Traçando sem sentido a sorte atroz e nossa
Tramando com certeza a rara sensação,

Representando enfim do sexo esta energia
Que possa demonstrar o quanto poderia
Vencer e conceber o dia que virá,

E desta fonte imensa em rara força e glória
Certeza que se mostra ao retornar na história
O passo sem temor que ao futuro se dá.

015

Curma

Após Matsia surgindo um segundo avatar
E nele se mostrando em mansidão intensa
E quando de tal forma a vida nos convença
Quilópode que avança e sempre devagar.

Curma se apresentando assim ao demonstrar
O quanto poderia e mesmo em recompensa
A sorte noutro rumo além da força imensa
Tesouro pós dilúvio, aos poucos capturar.

E nesta face mostra assim sabedoria
Que tendo como luz o quanto dia a dia
Aprendemos decerto esta obra Grandiosa

E nela se apresenta além da liberdade
O tempo aonde o tempo cerzindo o que se agrade
Deixando para trás a vida caprichosa.

016

Varaa – Javali; outro avatar de Vishnu

Representando a força elementar da Terra
Após outro dilúvio aonde com as presas
Cavando a terra trouxe após as correntezas
Firmeza onde o caminho em luz ora se encerra

Outro avatar de Vishnu, a força elementar
Alquímica presença em ouro transformada,
Assim ao se mostrar a face propagada
Apresentando o quanto eu possa completar

Dos tempos em primórdio, ao tanto que inda venha
O rumo se desenha e mostra a solução
E sei do quanto houvera e quantos mostrarão
A luta enquanto a sorte exprima em tal resenha

Havendo muito mais do que sempre pensara,
Trazendo em magnitude e além cada seara.

017

Narasima – Outro avatar de Vishnu

Leão em forma humana expressa em seu caminho
A justa execução vencendo para tal
Diversa tempestade ainda que ao final
No rumo onde se veja o tempo mais mesquinho

Traçando de tal forma e mesmo que no espinho
Tramasse com certeza além do ritual,
Demônio que seria imune em virtual
Cenário aonde possa e veja o desalinho

Num ato onde se mostra enfim sabedoria,
Enquanto imunidade à noite e mesmo em dia
Usando o seu saber além de qualquer músculo,

Espera numa espreita e assim se presencia
A morte do demônio executado em fria
Visão de quem domina aguardando o crepúsculo.

018


Vamana - Outro Avatar de Vishnu

Anão que num momento a vida transformara
Num gigantesco ser que tanto enfim domina
Demônio que decerto aos poucos alucina
Tornando temerosa a díspar vã seara,

E assim quando se vendo o passo que prepara
Marcando o quanto possa e assim a cristalina
Vontade desenhada, enquanto nos fascina,
Trazendo em suas mãos, a força imensa e rara.

Destarte o que se vê após a recompensa
Que permitira ter em passos – meros três –
O quanto poderia tocar em altivez

Da leda criatura agora tão imensa
Resposta mais sutil; num ato necessário
Traduz a Terra, o céu e ar intermediário...

019

Parasurama - outro avatar de Vishnu


De um brâmane este filho um dia sequestrado
Por rei kshatryia mostra após decerto tempo
A fúria que em vingança expressa o contratempo
E o rei o que o sequestrara, enfim assassinado,

Os filhos deste rei tentando noutro instante
Matá-lo, mas por certo a vida traz na face
O quanto se traduz e nisto demonstrasse
O que se quer além enquanto se garante,

Porém por gerações diversas elimina
O que restara então desta expressão atroz
Representando enfim da justiça esta voz
No Karma que em juízo ao fim se determina,

Quarenta e dois são tais juízes deste Karma
Que invencível tom, terrível sempre alarma.

020

Rama – outro avatar de Vishnu

Herói de uma epopeia, o Ramaiana; vence
Ravana este demônio, o mais cruel de todos
E nesta sensação sem haver mais engodos
O quanto desta força aos poucos nos convence,

E quando se anuncia o tempo que viria
Do rei Rama em justiça e mesmo em caridade,
Trazendo em suas mãos a força em liberdade
De um reino mais tranquilo em plena sintonia

O símbolo que traz contigo o grande rei
Num hexagrama a bela estrela de seis pontas,
E quando na verdade além decerto apontas

O sonho da justiça em paz eu vislumbrei
Na força mais gentil de um tempo mais suave,
Aonde com firmeza o nada o desagrave.

21

Krishna – o Avatar mais importante de Vishnu

Do menino levado ao adulto sensato
Herói que desta forma ensina o quanto além
Bhagavad Gita e nisto sempre vem
O tempo mais feliz e nele o que constato,

A vida se reflete e traz em tal retrato
A sorte sem igual, e tudo que se tem
Marcando em claridade, o fato sem desdém
Sabedoria plena e nela isto resgato.

Na era de Áries surgindo e assim disseminando
Do Cósmico Senhor, o Cristo em avatares
Diversos dominando o mundo e ali notares

O quanto se anuncia em tempo manso e brando
E de tal forma vejo o quanto inda viria
Soando dentro da alma além de uma utopia.

22

Buda - reencarnação ou avatar de Vishnu

O muito que se vê no raro sincretismo
Expressa a maravilha e nisto o quanto abarca
A sensação suprema e nela a outrora parca
Explicação de um tempo expresso no hinduísmo,

Assim se percebendo a redenção do mundo
Seguindo o que pudera em atos mais gentis
E nisto o quanto tente e mesmo o que se diz,

Ditame mais audaz e nele me aprofundo,
O tempo se renova e gera novo espaço
Etéreas emoções que expressam cada traço.

23

Lakshmi

Mulher de Vishnu traz poderes que permitem
Chegar à plenitude em harmonia rara
E quando em dimensão diversa se prepara
Sem ter sequer os tons aonde delimitem

Chegando ao corpo astral, a divindade trama
O passo ao infinito, expresso em liberdade,
E assim quando se vê na imensa claridade
A sorte sobre nós em paz toma e derrama,

Representando então, uma abundante sorte
Prosperidade intensa, e nisto se bendiz
Deixando para trás a dor e a cicatriz
Que tanto nos maltrate e mesmo desconforte,

Em total harmonia expressa o que inda queira
Marcando com seu braço a paz mais verdadeira…

24

Sita - esposa de Rama, reencarnação de Lakshmi e avatar de Vishnu


Por Ravana raptada, e levada à morada
Deste demônio em fúria, e mesmo assim mantendo
Com firmeza o seu passo e nele sem remendo
A sorte há tanto tempo em luz já desenhada,

Representa a virtude e da fidelidade
Ao gnóstico trabalho em toda a dimensão,
E de tal forma a vida traduz e desde então
O passo com certeza assim não se degrade,

Sem nunca esmorecer, vencendo os temporais
E nisto o quanto possa e mesmo muito mais,
Demonstra claramente o quanto possa amor

Em sua face pura e sendo assim fiel,
Transborda em harmonia, erguendo além do Céu.

25

Hanuman

Dos macacos, o rei que empresta à humanidade
Agilidade imensa e sua força; traça
Ajudando a vencer demônio onde devassa
A face mais audaz negasse a liberdade

Assim Rama vencendo este terrível ser,
Ravana que roubara a sua companheira,
Porém com tal ajuda a sorte derradeira
Apresentando enfim o belo amanhecer.

Representando então sabedoria e lógica
Medindo esta obra imensa e tudo o que viria
O quanto se presume e traça em harmonia
A senda mais audaz, e sei ser antológica,

Vencendo o que inda resta e mesmo noutra face
O tanto quanto possa e assim se demonstrasse.

26

Garuda

Esta ave que levando além deste infinito
Vishnu demonstrando o imenso e bom poder
Permite que se veja o raro amanhecer
E nisto este cenário em paz ora reflito,

Bebendo do caminho em luz ou claridade
No corpo sendo humana uma águia que dourada
Expressa a liberdade, e assim ao vê-la alada
Já nada mais contém que tanto além invade

E a força cintilante em dorso mais possante
Ao longe bem distante expressa o quanto venha
E sei da imensidão que agora se desenha
E nela cada tempo aonde se garante

A imensidão da glória e sei do que se vê
Na sorte onde se mostra a vida e seu por que.

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