quarta-feira, 2 de março de 2011

Mantendo a paciência em tempestade
Ousando ser feliz quando impossível,
O mundo se apresenta noutro nível
E apenas mansidão; sinto e me invade,

Rompendo o que se fez algema e grade,
Vibrando em consonância, amor incrível
Gerado pelo sonho que implausível
Agora se transforma em realidade.

Bebendo esta esperança que hoje toca
E sente sem temor novo caminho
Aonde na verdade se me alinho

Aos poucos noutro rumo me desloca
E forja da alegria a minha toca
Marcando com ternura o novo ninho.


Seguindo a consciência em rara paz
Trazendo nos meus olhos o futuro
Aonde se prepara o que asseguro
Vencendo o descaminho mais mordaz.

Já nada do que eu possa inda me traz
O tempo sem sentido atroz e duro.
Tampouco este caminho amargo e escuro
Podendo mansamente ser audaz.

Bebendo em fortes goles a esperança
O passo não se cansa e sempre avança
Na busca interminável pelo sonho.

Renova-me Senhor, a cada passo
E quando o meu futuro em Ti eu traço
O que virá jamais será medonho...



Somente a liberdade nos liberta
E traça novo rumo a quem se dera
Vencendo a mais diversa e tola fera
Mantendo esta esperança em luz aberta,

O canto que em verdade nos desperta
A luta sem temor, a nova esfera
Do quanto poderia e destempera
Marcando a fantasia em raro alerta,

Já nada mais pudesse nem queria
Senão sentir do amor a fantasia
Roçando a minha pele a cada sonho,

E quando me preparo em ascensão
Buscando do meu Pai a direção,
Meu mundo num instante, o recomponho...


Somente no servir, na caridade
O tempo redimindo os meus enganos
Mudando com certeza velhos planos
Aonde o dia a dia se degrade,

Que seja de tal forma a realidade
E nestes caminhares soberanos
Os olhos sem temor não vendo os danos
Do espúrio que deveras desagrade

A quem por SER AMOR tanto se deu
E nisto me percebo no encanto Teu,
Senhor que se traduz em plena paz,

Vivendo tanto amor, raro perdão
Os dias na verdade me trarão
O quanto a cada instante satisfaz...






Acreditar em cada instante além
Do tanto que se quis ou poderia
Marcando com ternura o dia a dia
Deixando no passado algum desdém,

O rumo se desenha quando vem
Traçando o que pensara em utopia
Bem mais do que imaginas fantasia
E nisto todo encanto nos convém.

O canto em alvorada, passarinhos,
Os olhos no passado tão daninhos
Os medos se apresentam noutra face,

Reparo os meus enganos, meus engodos
Destinos que buscara, eu sei de todos,
Aonde esta esperança se mostrasse...


Ninguém possa calar esta vontade
De ser o quanto tente e mesmo veja
A sorte na verdade benfazeja
Traduz a mais querida realidade,

E quando noutro passo já degrade
A luta sem sentido; enquanto esteja
No encanto aonde o canto ora poreja
Vibrando em consonância: liberdade.

Meu verso vai buscando o que teria
Ao menos um momento de alegria
Gestando dentro da alma a imensidão;

Procuro dentro em ti o que pudera
Apascentar em mim esta quimera
Mudando este sentido e direção...


A luta não cessando num momento
Aventuras diversas. Vida passa
E o quanto se perdendo em tal desgraça
Versando sobre o tanto que alimento,

E quando noutro rumo ainda tento
Lembrar do que decerto ora esfumaça
Saudade dominando assim já traça
Outro cenário em paz ou sofrimento.

Não quero ter nas mãos o nada enquanto
A vida sem certeza não garanto
Resumos onde enfim eu me alucino

E bebo o que inda resta de esperança
Enquanto a tempestade que me alcança
Expressa o jamais foi cristalino.




Respeites o que venha e saibas bem
A vida se renova sem temor
E traz o que inda viva em claro amor,
Gerando o quanto queira e sempre vem,

No rústico cenário do desdém
E nada mais pudesse em redentor
Caminho feito em tal louvor
Aonde o que inda resta me provém.

Espero apenas paz e nada mais
Enfrento os mais diversos vendavais
E brindo com ternura ao que virá,

Meu canto sem ternura, do passado,
O tempo noutro tempo desenhado
Assiste ao fim sentado num sofá...

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