sábado, 12 de março de 2011

Teu corpo se anuncia em plenitude
E traz sensualidade à flor da pele
E quando com loucura me compele
Traduz o quanto possa e sei me ilude,

Ainda que vivesse a juventude
Enquanto a sensação que nos revele
O tanto quanto quero e sei atrele
Meu passo aprofundando esta atitude.

Viceja dentro da alma esta alegria
E bebo muito além do que traria
A sorte mais audaz em claridade,

E sei da minha vida nos teus braços
Jogado sobre os sonhos mais devassos,
Adentro o quanto possa e nos invade.


Tocar tua nudez e perceber
As sendas fabulosas onde o tanto
Que quero sem temor ou desencanto
Traduzam simplesmente este prazer

Depois de loucamente me perder
Nas ânsias onde o farto ora garanto
Viceja dentro da alma o raro canto
E nele novo mundo a se verter,

Depois da solidão aonde um dia
Meu mundo se perdera em agonia
Agora se anuncia intensamente

O todo numa noite majestosa
E quanto do meu sonho se antegoza
Vibrando o quanto quero e se apresente.


3


Jamais se imaginasse em pleno sonho
O tanto quanto quero e se desvenda
A sorte noutro tempo em tal contenda
Expresse este cenário onde componho

Meu mundo sem saber enquanto enfronho
O todo que deveras já se estenda
Marcando como fosse clara lenda
O verso desejado onde o proponho,

Não pude e não teria noutro passo
Sequer o que deveras tento e faço
Ao semear meu verso além do cais,

E bebo dos anseios, seios, sinas
E sei do quanto podes e fascinas
Com teus requebros loucos, sensuais.


4

Já não me caberia ser assim
E mesmo noutro passo eu quis a sorte
Que tanto com certeza nos conforte
Trazendo o quanto possa vivo em mim,

Depois da imensidão chegando enfim
E nisto o que decerto nos comporte,
Vivendo sem saber o quanto aporte
Na plena sensação deste jardim,

A luta se anuncia e deste jeito
O quanto na verdade sei que aceito
Expresse a claridade que virá

Acrescentando ao tempo em tom suave
Bebendo em tua boca e desde já
O gozo tão sublime e sem entrave...


Teu corpo se anuncia em tal nudez
E vejo o quanto possa acreditar
Na sorte sem destino a se mostrar
E nisto outro momento agora vês,

E navegando além desta altivez
Gerando com ternura o que ao notar
Pudesse desejar cada lugar
E nele a sensação de insensatez,

O mundo se anuncia sem temores
E sinto no teu corpo as raras flores
Pousando um colibri sobre teus lábios,

Os dedos percorrendo mansamente
O quanto na verdade se apresente
Em dias mais suaves, claros sábios.

6


Ainda quando a sorte se fez mais
Do que pudera um dia sem temor
Vivendo com ternura o sedutor
Momento entre diversos sensuais,

Bebendo em tua boca sem jamais
Traçar o quanto possa e como for
Ousando sem sentir a bela cor
Dos dias entre tantos desiguais

Orgástica loucura nos tomando
E vejo deste tanto o quanto é brando
O mundo aonde anseio a libertária

Vontade sem saber do que mais possa
Viver esta alegria imensa e nossa
Deixando esta emoção diversa e vária.


Num corpo que se mostre ora desnudo
O vértice do sonho diz do encanto
E quando se anuncia sem quebranto
O tempo noutro passo mais agudo,

Pressinto o quanto queira e não me iludo
Efervescência dita o que garanto
Marcando com ternura o velho manto
E nada do que possa ora amiúdo,

Desvendo sem temor o que viria
Ou mesmo no final em alegria
O passo sem anseio dita a paz,

E nada do que trace se anuncia
Marcando com brandura a poesia
Que tanto quanto a vida amor nos traz.


8


Jamais imaginasse nova sorte
Senão a que deveras pude ver
Depois de tanto tempo em desprazer
Aonde esta certeza ora conforte,

E bebo da esperança em raro aporte,
No quanto se perceba amanhecer
E disto na verdade tente crer
No novo caminhar onde comporte,

Meu mundo na insensata fantasia
E tanto quanto possa e se teria
Somente esta semente em raro chão,

Ainda que se veja novamente
O amor quando demais sempre apresente
Na louca noite imensa esta amplidão.

9

Teu corpo junto ao meu em noite intensa
Vibrando em consonância, loucamente
O quanto se deseja e me apresente
Decerto a cada instante além compensa

Da doce sensação que ora convença
Que tenta e na verdade plenamente
Entregue sem domínio, intensamente
Nesta ternura audaz e sinto imensa,

Refaço dos meus sonhos o teu sonho
E vendo o quanto possa desvendar
Ousando sem temor de me entregar

Ao todo que deveras já componho,
Não tendo qualquer cais que nos comporte
Amor nos dando enfim raro suporte.

10

No tanto que desejo cada toque
E nada mais se faz além do tanto
E nisto se desenha em raro encanto
Amor que tanto amor ora provoque,

Apenas conviver onde convoque
A sorte que decerto ora garanto
Meu mundo na verdade eu adianto
E sei do interminável louco estoque

Em ânsias e vontades quando o todo
Invade sem temor ou mesmo engodo
O rumo mais audaz em tua pele,

Na vida se desenha esta esperança
E quando insanamente o sonho avança
Meu passo ao teu caminho ora compele.


11

Já não me caberia outro caminho
Apenas desvendar cada querer
E nisto se desenha tal prazer
Aonde o meu cenário eu adivinho

E bebo do que possa e se me alinho
Nas ânsias delicadas possa ver
O tanto em frenesi e perceber
O verso aonde o sonho em paz aninho,

Não tendo outra vontade senão esta
A sorte se desenha e sempre gesta
Um dia em tal loucura que nos guia,

E sei do meu caminho em plenitude
E mesmo quando a vida desilude
Eu tenho junto a ti a poesia.


12


Negar o meu anseio e crer na paz,
Aonde com certeza nada houvera
Senão esta verdade onde sincera
A luta se aproxima contumaz,

E o que desejo além e já se faz
Presume com firmeza o que se espera
Da noite sem temores, primavera
Aonde poderia ser audaz,

Revelo com meus versos a vontade
Que tanto com beleza nos invade
E traça noutro passo rumo ao tanto,

E bebo em tua boca o raro mel
Ousando imaginar além do céu
O mundo feito em sonho e me agiganto.

13


Seguir cada momento sendo teu
Sem nada que me impeça o sensual
Cenário aonde o mundo fosse igual
E nisto outro delírio reviveu

Meu canto aonde o todo percebeu
O verso outrora rústico e banal
Agora desenhando em ritual
Prazer onde o meu canto se perdeu,

Restando do meu sonho esta verdade
E nela um passo dita a realidade
E invade plenamente sem defesas

As tramas onde tanto pude ver
Em ti o mais sublime amanhecer
Meus olhos de teus olhos, mansas presas.


14


Encontro a cada passo o quanto quero
E sei do meu anseio junto a ti
E vendo o quanto possa e percebi
O verso se tornara mais sincero,

E sigo enquanto em luzes me tempero
Pousando no cenário onde vivi,
Restando dentro da alma em frenesi
O mundo mais audaz, ferrenho e fero,

Apresentando enfim o que se quis
E sei e posso mesmo ser feliz
Vibrando em consonância com teu gozo

Um templo feito em rara solidez
Gerado deste amor que agora vês
Um mundo com certeza majestoso.


15

Meu sonho se entranhando aonde há tanto
O canto se pudera ser diverso
Vivendo a plenitude deste verso
E nele outro momento em luz garanto,

Desvendo este cenário e já fomento
O caminhar sem medo no universo
Aonde em farta luz o que disperso
Expressa com certeza o quanto tento,

Não tendo mais respostas sigo além
Do todo aonde a vida nos convém
Vestindo a fantasia que nos traça

Fortuna desenhando na nudez
Além do quanto possa a sensatez,
Ousando esta esperança em rara Graça.


16


Não quero acreditar no que seria
Ousando novamente noutro passo
Vivendo o que deveras tento e traço
E nisto o meu anseio em fantasia,

Vibrando com ternura em alegria
O tanto quanto quero e agora faço
Marcando o dia a dia e sei do escasso
Momento aonde o todo moldaria

Apenas um cenário mais gentil
E deste desenhar o que se viu
Expresse com brandura o verso em paz,

Ainda que se molde outra existência
A vida no final dita a ciência
Do mundo que deveras luz nos traz.

17


Das plagas mais diversas do infinito
Eu vejo a rara estrela constelando
O tempo aonde o mundo fora brando
E nisto todo o sonho eu necessito,

Presumo o quanto quero ou acredito
No tanto sem temor se desenhando
Resolvo cada encanto desde quando
O mundo se fizera mais bonito,

Apresentando o risco mais audaz
O tanto quanto quero satisfaz
Orgásticos anseios noite afora,

E vendo o quanto a vida se promete
Meu passo no teu rumo se arremete
E toda esta vontade em sonho ancora.

18


Eternamente tento algum instante
Aonde o que se fez pudesse dar
O tanto quanto quero e em teu luar
Apenas o cenário radiante,

Não vejo o que pudera e se garante
Ausento do meu mundo e ao te buscar
Não quero novo rumo desenhar
E nada mais se veja doravante,

Retiro tua roupa mansamente
Num jogo sensual que não termina
E quando esta vontade cristalina

Invade sem saber o corpo e a mente
Apressando o que tento sem fronteiras
Também anseio logo que me queiras.

19

Não tema cada noite enquanto a sorte
Mudasse a direção em luz e nobre
Caminho aonde o tanto se recobre
No passo enquanto o mundo nos conforte,

O verso se anuncia e já comporte
Apenas o que tanto se descobre
Pousando mansamente onde se dobre
O sonho sem temor e bem mais forte,

Vagando pelos seios, coxas, pernas
Eu sinto estas vontades quase eternas
De noite insaciável sem descanso,

E quando se anuncia este desejo
O tanto quanto possa e agora vejo
Traduz a imensidade que ora alcanço.

20


Ainda que bancasse esta inocente
Que tanto desejasse e não falara
Da sorte mais sutil e ora escancara
O quanto se desenha e mais se sente,

O verso noutro rumo iridescente
O manto se anuncia em tal seara
Marcando com beleza o que declara
E vaga sem saber onde apresente,

Sequer a tempestade ou mesmo o frio
Ainda quando o todo desafio
Encara com ternura cada passo,

E vendo-te desnuda em minha cama,
Vontade contumaz ora reclama
O tanto quanto quero e em luz eu traço.




21

Teu corpo me convida para a festa
E sei do quanto possa a cada instante
E nisto este cenário me garante
O tanto que decerto a vida atesta,

Não tendo mais temor o que se empresta
Gerando a sensação que doravante
Mudando a minha vida me adiante
O todo desejado em cada fresta,

Semeias esperança e colhendo
Este prazer em raro dividendo
Adentro este infinito que se faz

No canto mais sublime da alegria
E tendo o todo quanto mais queria
Percebo o meu caminho em luz e audaz.


22

Mergulho sobre o corpo ora desnudo
E vibro em consonância com teu sonho
E quanto mais deveras recomponho
O tempo noutro passo eu amiúdo

Bebendo da esperança não me iludo
E vejo a sensação de amor e enfronho
Vagando sem temor onde me ponho
Vivendo a plenitude e vou com tudo,

Negar esta vontade e crer no fim
Do grande e imenso amor dentro de mim,
Sem ter onde se creia em sonho imenso,

No tanto que se quer e sem perder
As chances mais audazes do prazer,
Em ti a cada instante sempre penso.

Marcando com meu verso esta emoção
E vendo o tanto quanto pude outrora
A fonte sem temor já nos devora
E traz na imensidade a sensação

Do tempo aonde os dias moldarão
A sorte desenhada e sem demora,
O rumo se desvenda e quando aflora
Expressa no teu corpo a imensidão

Desta amplidão e nela bebo a luz
E tanto desejar já me conduz
Vestindo em fonte rara o que se trama,

Deixando para trás o que perdesse
Ainda que outro rumo se tecesse
Em ti eu sei da imensa e bela chama.

24

Não possa a vida ser decerto aquém
Do tanto que desejo e mesmo queira
No passo aonde a sorte verdadeira
Expressa o que decerto sempre tem,

A luta se anuncia e sem desdém
O verso se traduz e nos inteira
Gerando como amor esta bandeira
Deixando no passado o que não vem

E sigo cada rastro que deixaste
E sei do quanto possa sem desgaste
Contrastes entre o tanto e o que se quer,

Na nua maravilha esta mulher
Desenha o meu anseio sem limites
E nisto cada instante onde o permites.


Não tento em tom disperso ter somente
O quanto poderia se calasse
A voz que emoldurando num repasse
Gerasse o caminhar onde se sente,

Pousando no teu corpo mansamente
Bebendo com ternura o que se trace
Vestindo a imensidão e nesta face
O tanto que se quer não mais desmente,

A vida sem temor ou mesmo tédio
Amar e ser feliz? Santo remédio
E dele quando abuso eu sinto o bem,

Que tanto poderia permitir
O mundo desenhando em tal porvir
O canto aonde o mundo em paz já vem.


Meu mundo no teu canto se presume
E bebo da esperança onde se vendo
O tanto que pensara ser horrendo
E agora traz em nós raro perfume,

E chego sem temor ao longe, ao cume
E nisto o que se mostra percebendo
A cena aonde o tanto me embebendo
Expressa muito além de mero ardume,

Cardumes de esperança em verso e luz
Ao quanto na verdade me conduz
Adentra este infinito de nós dois.

E sendo de tal forma concordante
Amar e ser feliz ora garante
O tanto que se quer, mesmo depois.

27


Restauro com anseios a vontade
De ser somente teu e nada mais,
E quanto noutro rumo já te esvais
Percebo este delírio que me invade,

E volto sem saber da realidade
No passo que enfrentasse vendavais
E bebo destes sonhos magistrais
E sei do quanto possa em liberdade,

No encanto sem sentido e mesmo audaz
O tanto quanto quero e já se faz
Presume o teu encanto onde o derramas,

E vivo sem temer o que viria,
Cevando dentro da alma a poesia
E nela não veria velhos dramas…

Cadenciando o passo quando o sonho
Já não mais permitisse nova luta
A vida se desenha e não reluta
Enquanto a paz em nós hoje componho,

E sei do que em verdade mais proponho
Amor vencendo sempre a força bruta
E a sorte desenhada se desfruta
Deixando para trás dia medonho,

O verso se aproxima do infinito
E quanto mais procuro e necessito
Audaciosamente vejo a luz

E dela se anuncia esta esperança
E quando o meu caminho agora avança
A senda sem igual se reproduz.


29


Não pude imaginar outro caminho
Não fosse este estupendo desenhar
E nele todo o sonho a se moldar
Jamais me deixaria então sozinho,

E quando nos teus braços eu me alinho
E sorvo teu prazer doce vagar
Pousando nas entranhas do luar,
Teu corpo se anuncia como um ninho;

Vislumbro esta esperança e nela bebo
O tanto quanto possa e já concebo
Imensa claridade em olhos claros,

E sei dos meus anseios onde eu possa
Trazer esta verdade agora nossa
Em dias tão supremos quanto raros.

30


Ainda que se faça em louca senda
O amor quando não cabe dentro em nós
E sei do sentimento mais feroz
Que toda esta vontade agora estenda

E bebo a sensação que se desvenda
Vestindo este cenário em rara voz,
Vivendo o quanto vibra logo após
O sonho que em teu sonho já se atenda

Não quero e não pudera ser diverso
Tramando dentro da alma este universo
E nele novo dia se anuncia,

Armando dentro da alma a tempestade
E nisto cada raio onde se brade
Transforma em luz imensa a fantasia.



31

Seguir e em cada rastro que tu deixas
Vencer as dores fartas da ilusão
No tempo aonde os dias moldarão
Além do que já foram velhas queixas

E quanto mais se quer e se aprofunda
A senda feita em luz nos permitindo
O tempo mais audaz e sei tão lindo
Aonde o que se sonha ora me inunda,

A luta desenhada em verso e sol
E nisto outro momento se desenha
Enquanto esta emoção deveras venha
Tomando com firmeza este arrebol,

Pousando na crisálida esperança
A cálida alegria nos alcança.


Vivendo sem temer qualquer desvio
E tendo dentro da alma o que se quer
No corpo delicado da mulher
Cada momento traça o desafio

E vendo este caminho onde desfio
O mundo sem temor o que vier,
Prismática emoção e sem qualquer
Temor quando se mostra este pavio

E no estopim dos sonhos o que vejo
Traduz cada momento e noutro ensejo
Seduzes com sutil vontade e traças

Ainda que pudesse presumir
O tanto desejado no sentir
Das noites mais audazes e devassas.

Restando do meu sonho cada passo
E vejo sem temor o que talvez
Pudesse traduzir na insensatez
E nela outro momento busco e traço,

Realces deste mundo onde me faço
Vivendo sem temer a lucidez
E tanto deste encanto que ora vês
Presume muito além do meu cansaço,

Resulto deste tanto em tom diverso
E bebo com ternura cada verso
Imerso nos anseios mais audazes,

E quando com ternura tu me tramas
Momentos sem saber dos velhos dramas,
Os dias entre luzes tu me trazes.

Reparo cada engano do passado
E vejo no futuro este momento
E nele cada sonho eu alimento
Deixando o sofrimento agora ao lado,

No tanto que pudesse desenhado
E nisto sem temor ora fomento
O mundo se presume em raro vento
E tento novo dia desejado,

Marcantes emoções ditando a rota
Deixando para trás cada derrota
Denotam sorte clara em luz intensa,

E sei do que deveras adivinho
Vivendo com ternura o raro ninho
Aonde esta emoção teima e compensa.


35

Não pude e não teria qualquer chance
De crer noutro cenário que não este
E quando tanto amor tu concebeste
A vida com certeza nos alcance

E marque com ternura este nuance
E nada se perdendo percebeste
O manto aonde o mundo recebeste
Depois do quanto a sorte sempre avance,

Depositando o verso aonde um dia
Pudesse desejar em fantasia
Apenas o que a vida me arremeta

O manto desenhando esta beleza
E faço da nudez da amada presa
A senda mais audaz deste cometa.


36

Não pude ter além deste momento
E nada do que tente eu vejo ainda
E sei desta impressão que se deslinda
E nela me entregando em manso vento,

O prazo determina aonde tento
Cerzir com emoção a luz que brinda
O olhar de quem se fez e quando blinda
A vida desta dor, vago tormento,

Não pude e nem quisesse ser talvez
Somente o que esta história já desfez
Deixando para trás uma esperança

Meu passo se aproxima do que tente
A vida aonde o tanto ora frequente
Ao menos no futuro em paz avança.


No prazo sem sentido e sem razões
Apresentando a vida em tom suave
Sem nada que deveras nos entrave
Encontro o quanto queres e compões,

Nos versos mais suaves emoções
Diversas onde o tanto não agrave
A sorte que se mostre em luz e nave
Vivendo as mais diversas dimensões.

E tento acreditar no que se faça
Deixando para trás velha fumaça
Sem ter sequer um manto onde cobrir,

Em esperança tento novo rumo
E sei do que decerto ora presumo
Vivendo com ternura o que há da vir.

Não pude e não teria qualquer sonho
Senão a mesma face mais audaz
De quem se desenhando ora me traz
O tempo aonde o todo em paz componho,

E vivo a plenitude onde me enfronho
E sei do quanto a vida ora já faz
Depois de cada encanto pertinaz
Vivendo o meu caminho onde me ponho,

Marcando com ternura o que viria
Ébrio momento feito em poesia
Resumos de tormentos do passado,

Agora que se creia no futuro
Estando do teu lado eu asseguro
O sonho tantas vezes desejado.


Não pude acreditar no que não vinha
E sei da luta inútil vida afora
E sinto que deveras me apavora
A luta que julgara ser tão minha,

O prazo desta sorte mais daninha
O barco que deveras já se ancora
A senda aonde a vida volve e aflora
A rústica impressão clara e mesquinha

Do tempo sem ter tempo de sonhar
E nisto o que se molde a desenhar
Expresse a realidade mais audaz,

E sei do que pudesse ser decerto
Um tanto quanto quero e se me alerto
Encontro este momento em rara paz.


40

No tempo sem temor e sem anseio
O verso desvendando esta beleza
Aonde a vida volte sem surpresa
E traga com certeza o quanto veio

Cerzindo cada passo aonde alheio
Aos erros do passado em tal leveza
Bebendo em tua boca a sutileza
Do mundo feito em passo e devaneio,

Resumos de outros dias mais sutis
E sei do quanto possa e nada diz
Senão desta expressão mais clara e rara,

O verso no seu vértice desenha
O quanto na verdade sempre venha
E tanto desejar ora declara.



41

Salivas no teu corpo ora desnudo
E nesta maravilha em luzes fartas
Enquanto dos meus sonhos não te apartas
Em ti tenho certeza eu me amiúdo,

E bebo desta luz e não me iludo
Querendo cada rumo que compartas
Ainda que deveras não repartas
O tanto quanto possa e vou com tudo

Semeias na beleza desta sorte
O quanto com ternura ora comporte
O tanto que se quer e muito mais,

Dos ventos do desejo, tempestades
E rompo dos temores velhas grades
Insano invado em rudes temporais.

42


No corpo delicado a derrocada
Sem nada que pudesse me conter
Vivendo em tanta luz raro prazer
Deixando a noite imensa desejada,

Ainda quando a vida traz no nada
A senda mais suave a se verter
Ousando no que possa agora ter
Adentro no furor da madrugada

A sorte sem saber do que viria
E nisto cada passo em ousadia
Expressa muito mais do que se sonha,

Apresentando o tanto que se quis
Deveras do teu lado sou feliz
E vejo a vida além clara e risonha.

43


A tua boca mata esta sedenta
Vontade de viver e ser bem mais
Que tantos entre dias desiguais
E sei do quanto a sorte agora tenta

Ausento do passado e da tormenta
Aonde exposto aos velhos vendavais
Pudesse noutros dias sensuais
Saber o quanto quero e já me alenta,

O canto sem temor ora reveste
O dom de se mostrar além, celeste
Vibrando em consonância noite e dia,

O tanto quanto possa desenhar
O mundo neste mesmo caminhar
Ousando no que tanto se queria.


44

Insanamente busco no teu sal
Meu sol e sei do quanto em vivos gomos
Traçamos o que em luzes sei que somos
Momento sem temor consensual,

Ousando noutro passo sem igual
O tempo se traduz em velhos tomos
E sinto que deveras do que fomos
O mundo se mostrara radical,

Prevejo tão somente o que se quer
Marcando com delírio esta mulher
Ansiosamente mesmo procurada.

E sigo com ternura o quanto possa
Da sorte desejada mesmo nossa
E nisto nossa sorte desvendada.


45

Não pude acreditar no fim de tudo
E sei do que virá nos redimir
Proponho com certeza no porvir
O tanto quanto quero e não me iludo,

Vestindo a sensação e sei que mudo
Meu rumo quando o sol quando surgir
Trará o tanto quanto se há de vir
Deixando para trás o canto mudo,

Resulto do que tanto pude crer
E sei do claro sonho a me trazer
Amanhecer diverso em tom suave,

E nada do que possa ser assim
Tramando o quanto existe dentro em mim
Na liberdade feita como uma ave.

46

Restando muito pouco a se fazer
Somente se entregar e sem temores
Ainda se deveras não te opores
Verás um novo tempo ao bel prazer,

Depois do quanto mesmo pude ver
E nisto se desenham várias cores,
Tecendo o meu destino aonde fores
Vencendo o dia em claro amanhecer,

Somando cada passo eternidade
Gerando o que se quer em liberdade
Moldando em tal constância o quanto quis

Sabendo desde sempre esta nobreza
Do mundo aonde o sonho em realeza
Expressa o quanto possa ser feliz.


No tanto que se fez em claros dias
E neles outros tantos já tentara
Vencer a solidão desta seara
Traçando com ternura fantasias,

E todo imenso bem que me trarias
Marcando com delírio a noite clara
E nela a imensidão quando se ampara
A sorte em luzes claras, alegrias,

Resplandecendo o sol onde se tenta
Vencer em mansidão qualquer tormenta
Negando outro momento em dor e medo,

Aos olhos mais sutis desta esperança
Meu mundo na verdade ora se alcança
E gera o que pudera sem segredo.


48

Não tema o que se faz eternamente
E beba desta luz em claro sonho
E quando na verdade eu te proponho
Amor quando demais a gente sente,

E tenta do passado este envolvente
Momento mesmo quando mais bisonho
O mundo aonde o tanto quero e ponho
E nisto cada verso se apresente,

Marcantes emoções em dias vãos
E nisto se espalhando novos grãos
Presumem a colheita da esperança

E sei do que deveras tanto quero
Podendo ser decerto mais sincero
Vivendo com brandura onde se alcança.

Não tento outro momento e não se visse
Cenário em turbulência em tal fortuna
E sei do grande amor que ora nos una
E nisto não se vê qualquer tolice

Ainda quando o tanto agora ouvisse
Cerzindo outro cenário em praia e duna
A sorte mais audaz que nos reúna
Expressa todo amor que permitisse,

Depois de cada queda novo sonho
E nisto outro momento em paz componho
Pousando dentro da alma em claridade,

Jorrando como um gêiser mais audaz
Amor quando demais amor nos traz
E neste caminhar o todo invade.

Apresentando em voz suave e mansa
O tanto que se quer e se deseja
A noite que pudera benfazeja
Agora sem temor algum me alcança

Ousando ter a imensa confiança
Do brilho onde tudo que se almeja
Traduza outro cenário onde se veja
A vida sem temor, clara mudança

Não possa e não teria novamente
O tanto quanto quero e não desmente
O passo em rumo claro e luz suave,

Depois da tempestade mais sutil,
O verso se desenha onde se viu
O canto aonde nada mais o entrave.

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