quarta-feira, 29 de junho de 2011

A lua que contempla a nos dois,
Beijando os nossos corpos enlaçados.
Nesses momentos ternos, irisados,
Mais bela há de ficar também depois.

E sob suas luzes cor de prata,
Rolando sob as relvas orvalhadas,
Os corpos nus, as almas enlaçadas,
Explodem de prazer, feito a cascata.

E a lua enrubescida por mil pejos,
Se esconde de nós dois nas nuvens densas,
E a noite fica escura e aveludada.

E assim se passa a morna madrugada,
As horas de paixão das mais intensas,
Marcada pela fúria dos desejos.


Edir Pina de Barros

Desnuda sob um céu tão magistral
Refletes a beleza de um luar
E nesta noite em raro festejar
O mundo se moldara sensual,

E vejo neste instante sem igual
O tanto quanto possa desejar
A deusa que entranhando devagar
Transborde neste encanto de um luau,

Deixando no passado a dor sombria,
Crepusculares ânsias em neblinas,
Agora quando vens e me fascinas

Expressa a cada instante a poesia
Reinando caudalosa e plenamente,
Na orgástica loucura se apresente...

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