sexta-feira, 22 de julho de 2011

ABRINDO O CORAÇÃO

Deixando para trás os meus enganos
Abrindo o coração, menti demais.
Se tudo o que sonhei não foi jamais,
Esqueço antigos dias, velhos planos.

Descanso o meu olhar noutro horizonte
E vejo-te desnuda, nuvem bela;
E quando a fantasia se revela,
Desfaço com a vida qualquer ponte.

Mergulho nesta infinda insensatez,
Alvoroçado peito de um poeta
Que tendo a poesia como meta,

Aplaca o que seria lucidez
E bebe até fartar-se da ilusão,
Abrindo, escancarando o coração...


Edir Pina de Barros

Mergulho nesta infinda insensatez
Sem me importar com nada! Julgamentos!
Tirando para mim esses momentos,
Julgando ser a hora, a minha vez.

Jogando meus pudores contra os ventos,
Rompendo co’s silêncios, sisudez,
Deslizo devagar em tua tez,
Sentindo das paixões os seus rebentos.

E pouso o meu olhar nos olhos teus,
E sem pudor a ti eu peço e imploro
Clemência para o amor que em mim viceja.

E não me nego mais os sonhos meus,
e sinto o toque teu em cada poro,
pois sou aquela que te quer, deseja!


E eu trago dentro em mim a florescência
De um grande amor que vivo a cada instante,
E o sonho quando invade e me agigante
Domina toda a minha consciência,

Sentir tua presença em eloquência,
Num átimo me sino fascinante
E quanto mais vieres doravante
Maiores as razões desta existência

Que há tanto se perdera; solitária,
Da vida como fosse uma alimária,
Cansada de lutar inutilmente.

Porém, ao te saber; inteira, minha,
Minha alma tantas vezes tão mesquinha,
Agora em plena festa se apresente.

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