sexta-feira, 1 de julho de 2011

No quanto, em tal loucura, o amor se sente,
Exploro, de mansinho, teus recantos,
Retiro, pouco a pouco, véus e mantos,
Tocando a tua pele efervescente.

E tu, com esse jeito teu languente,
Recebes meus carinhos, que são tantos,
Com teus enlaces, ternos acalantos,
O teu olhar tão cálido, ignescente.

E sem pensar em nada, no depois,
Sedentos de carícias, seus verdores,
Vivemos esse amor que em nós perdura.

No auge do prazer, paixão, loucura,
Contidos um no outro, sem pudores,
Rolamos no horizonte de nós dois.

EDIR PINA DE BARROS

Sentindo em minha pele a tua tez
Roçando e me levando ao paraíso,
Aos poucos no teu ser eu me matizo
Vivendo este delírio, insensatez.

O amor tal qual o sonho onde se fez
A mais completa essência que em preciso
Momento demonstrara sem juízo
A fúria desejada em t’a nudez.

Assim ao enlaçarmos nossas pernas,
Em ânsias delicadas e tão ternas,
Num ato mais sublime e tresloucado,

Vibrando em consonância, num instante,
Num átimo um mergulho fascinante,
Sem medos ou pudores, lado a lado.

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