sábado, 8 de outubro de 2011

Tantas vezes; Atenas, tu: Esparta.

Nas remessas que trazes, uma carta,
Uma mensagem triste de partida;
Avisa que terei por despedida,
As últimas notícias tuas, Marta...

Tantas vezes; Atenas, tu: Esparta.
A porta dessa entrada é de saída,
Pois quem amaldiçoa, traz ungida
A mão que acaricia, me maltrata...

No beijo; da saliva fez-se escarro,
Da lágrima sentida, tanto escárnio.
Recolho meus bagaços, meus farrapos...

Quem fora fantasia, simples trapos.
Nas mãos essas fraturas, todos carpos,
Na solidão do verso, que m’amarro...

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