quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Toda delicadeza do perfume

Toda delicadeza do perfume
Que tua alma divina exala, amada,
Me remete aos jardins do Éden, lume
Das estrelas; clareia minha estrada...

Saborear magnífico de cada
Banquete que ofereces, num costume
Celestial, que tanto atrai, agrada
Ao paladar, aos olhos... Vaga-lume...

A minha fantasia transformada
Na mais bela mulher que Deus criou,
Mais fina porcelana, comtemplada

Por mãos mais delicadas; hoje sou
Tão somente um vazio, quase nada,
Sem ter-te, muito pouco me restou...

Te procuro, então, no sonho,
Nada tenho, nem o chão...
Me persegue, tão medonho,
Fantasma da solidão...

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