terça-feira, 1 de novembro de 2011

NOS ALPENDRES DA ESPERANÇA

NOS ALPENDRES DA ESPERANÇA


Vago qual um pássaro migrante,
Pousado nos alpendres da esperança.
Decerto, tantas vezes inconstante,
A fera solidão quando me alcança

Refaço a migração em outro vôo
Atrozes ilusões são companheiras,
Os erros cometidos? Não perdôo,
Desfraldo, em minhas alas, as bandeiras.

Nas curvas dos caminhos, mais fechadas,
Capoto simplesmente, mas persisto.
Matando o que sonhara, velhas fadas,

Aborto uma saudade, rasgo o cisto
E existo, resistente passarinho,
Que sabe que na amiga fez seu ninho...

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