terça-feira, 1 de novembro de 2011

O QUANTO QUIS A SORTE

O QUANTO QUIS A SORTE

O bem que tantas vezes quis a sorte
Que não se achasse em parte quase alguma,
Expressando a verdade em alto porte,
Qual mar que em leda praia já se espuma,

Refém de uma falésia ou de penedo,
Viajo em pensamento por um tempo
Aonde bem distante do degredo,
Não via nesta vida, contratempo.

Averso às tempestades; quis bonança
Que somente amizades me trariam,
Qual nau que raro atol em paz alcança

Meus rumos, com ventura mudariam.
Assim ao persistir, bom timoneiro,
Aporto neste cais alvissareiro...

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