sábado, 12 de novembro de 2011

OLHOS DISTANTES

Se tenho esses meus olhos mais distantes
Dos olhos de quem disse me querer
Os dias sempre são como eram antes
As horas demorando a transcorrer...

Acendo meu cigarro e, na fumaça,
Os sonhos recomeçam, se misturam.
Quem fora esse menino, numa praça,
As dores se embaralham, não se curam...

Mas tenho tanta chuva que não pára,
Nos lágrimas que seco, sem vaidade.
Na queda nenhum braço me antepara

As minhas cicatrizes da saudade.
Mas tenho teu amor, que nunca cobra,
Amor que sempre tive, e sei, de sobra..

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