sábado, 12 de novembro de 2011

Soneto do Remanso FRANCISCO SETTINERI e marcos loures

Soneto do Remanso FRANCISCO SETTINERI e marcos loures

Tu foste minha, eu sei, grande ventura
De contigo brilhar, em dança e vela,
Remanso de um olhar, em miniatura
Pintada nos lençóis dessa aquarela.

E tu, que vens a mim numa ternura
E quanto mais te vejo, mais és bela,
Ao te encontrar imersa na moldura
E deixar meus olhos bem junto à tela!

Mas começa o segundo movimento
Em que te enlaço em grande amor e cordas,
Os meus dedos afinam o instrumento,

E luzes de um olhar, quando tu acordas...
Cabelos que esvoaçam pelo vento
E a sombra das saudades que recordas!...

Francisco Settineri

Tu foste a redentora dos meus erros
Sublime maravilha em libertário
Momento aonde possa solidário
Viver sem perceber duros desterros,

Perpetuas impressões, imensos cerros,
Os olhos buscam cada itinerário
Ainda que pudesse num fadário
Vencer os desalentos, vãos enterros.

Tu foste quem pudera ser bem mais
E nisto vejo cenas magistrais
Resumos de um viver feito em partilha,

E tendo no horizonte esta lembrança
Ainda quando o tempo invade e avança
O meu olhar no infinito, em ti, palmilha...

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