domingo, 25 de dezembro de 2011

ESPALHAS CLARIDADES

ESPALHAS CLARIDADES

Espalhas claridades; mas sei bem
Do pouco ou quase nada que me resta
Adentro a solidão e sei funesta
A sorte que deveras não mais vem,

O custo/benefício traz desdém
E o manto que decerto ora se empresta
Galgando sobre o quanto a vida atesta
Marcando o que decerto já não tem,

Meu passo sem sentido em noite escusa
Aprendo a caminhar e nada cruza
O desarranjo feito em tom venal.

O preço que se cobra não compensa
A vida se desenha bem mais tensa
Deixando qualquer sonho em vão final.

MARCOS LOURES

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