terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ESPREITA

ESPREITA

Espreita-me deveras tal coiote
E a morte se aproxima, nada faço,
Seguindo do vazio cada passo,
A fúria desdenhosa do chicote

A vida não ensina novo mote,
E a dor ocupa enfim maior espaço,
E quando em esperança o sonho eu traço,
O luto se tornando assim meu dote.

Reside em mim a fome do que tanto
Pensara e não pudera, desencanto
Vazio tão somente, sigo alheio,

E o quadro denegrido mostra a face
E mesmo que outra cena ainda trace
Falena simples luz, tolo rodeio...

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