terça-feira, 27 de dezembro de 2011

LEDO CAMINHEIRO

LEDO CAMINHEIRO

Um ledo caminheiro sempre ao léu,
Jamais desvendaria a melhor sorte
E tendo a fantasia que o conforte,
Percorre sem saber inteiro o céu.

Meu mundo noutro tempo mais cruel
O prazo se decorre e não suporte
E cada novo dia já se aborte
Marcando com terror tal carrossel.

Já nada mais pudera ter nas mãos
O solo se esvaindo perde os grãos
E o tempo não viceja nunca mais.

Aonde quis a senda mais serena
A luta na verdade me condena
E gera; entre os enganos, tons banais.


MARCOS LOURES

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