domingo, 8 de janeiro de 2012

SEM MEDO

SEM MEDO


O coração de quem se deu sem medo,
Não mais se permitisse alguma queda
E sei do quanto possa em tal segredo
E a luta noutro rumo se envereda

Vagando simplesmente onde concedo
Pagando com a mesma vil moeda,
O tempo noutro tempo diz degredo
E a luta com certeza não me seda.

Realço os descaminhos quando vejo
O tanto se moldando noutro ensejo
E sinto o fim do jogo e nada mais…

Cadenciando o passo nada tenho,
Somente o mesmo olhar que num desenho
Julguei entre cenários colossais.

MARCOS LOURES

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