quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cego de Amor!

Cego de Amor!

A lua, companheira de jornada,
Pelos versos que faço a minha amada
Que nem lê, nem percebe que a quero,
Apenas imagina que esta lua
Que tanto canto e, sempre que a venero,
Na verdade, venero a luz que é tua.

No teu brilho me espraio toda noite
Toda noite sonhando com pernoite
Ao lado desta lua que não vê
Meus olhos mendigando o teu carinho.
Tantas vezes procuro mas, cadê?
E no final, sempre vou dormir sozinho...

Mas espero que a lua te convença
A dar-me, no final, a recompensa,
De poder despertar ao lado teu,
Todo envolvido pelo teu luar,
Meu medo é que vivendo neste breu,
A claridade enfim, possa cegar!

Marcos Loures

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