quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Céu cinzento

Céu cinzento

Céu cinzento traz a chuva
Que como parto me farta.
Falta a sorte que me cubra
Na curva que vejo enfarta
Sou triste? problema meu
Meus olhos empoeirados...
Nesta chuva são lavados
E levados pelo breu
Das almas que não me tocam
E que trocam de patrão
Sigo sendo sem meu não
O não que nunca quis ser
Nos olhos que vou morrer
Morto de tanta tristeza
Meu bem deitado na mesa.
Sobremesa sem jantar.
Altar dos sonhos quem dera...
Quem me queima? essa quimera
Não era que me queria
Querida não se perdoe
O mundo quase que canta
O medo não mais me encanta
E o céu cinzento não chove...

MARCOS LOURES

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