domingo, 22 de janeiro de 2012

TENTÁCULOS DA MORTE

TENTÁCULOS DA MORTE

Tentáculos da morte me envolvendo
E o pouco que inda resta não sustento,
A vida se presume em frágil vento
E o peso noutro tom mero remendo,

O corte no vazio me retendo,
O medo do que fora e não contento
Sabendo ser o sonho meu sustento,
O manto pouco a pouco se rompendo.

O vértice das ânsias infecundo,
E quando nas entranhas me aprofundo
Encontro dentro da alma algum resquício,

Do quanto poderia e nunca vira
A luta se revela em tal mentira
E o passo busca inútil precipício...

Marcos Loures

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