sábado, 4 de fevereiro de 2012

EM DESALENTO

Em desalento vejo este retrato
E tanto espelho a dor que ora cultivo
E neste nada ou pouco sigo altivo
Mal importando mesmo qualquer fato,

Espúrio caminheiro do vazio,
Um quixotesco rumo? Nunca mais,
Aonde se pudesse em sensuais
Prazeres do poder, quero e desfio.

Resisto? Na verdade só me acanho.
Ainda não sou podre como tantos,
Embora esta sereia com seus cantos

Prometendo ao corrupto belo ganho,
Mesquinharia diz do mundo agora
A fera? Outra maior chega e devora!

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