sábado, 10 de março de 2012

Na mesma ventania que vieste

Na mesma ventania que vieste
No mesmo fogo lento em que me queimas
Amor assim feroz, quase que agreste,
Em tantas tempestades, duras teimas...

Na copa deste amor, tão agridoce,
Carinhos e maus tratos se revezam;
Se veio ou se não veio pensei que fosse
As bocas que se mordem também prezam.

Eu quero nosso amor de qualquer jeito
Envolto em mansidão ou em tormenta.
Depois de te sentir rasgando o peito,

Barragem que em loucura se arrebenta.
Eu quero nosso amor sem poesia,
Que sangra e que me cura, todo dia...

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