sábado, 17 de março de 2012

Um pobre cantador sertão afora

Um pobre cantador sertão afora,
Viola é derradeira camarada,
A noite que adormece enluarada
Deitada na varanda; clama agora

Estrela matutina que decora
O céu maravilhoso da alvorada,
Em serenata, sonha quase nada
Apenas ilusão, tudo devora.

E canta em sinfonia com mil grilos
Aguarda que a janela seja aberta.
O sol já quer surgir, rua deserta,

A solidão promete seus asilos
Depois de tão sinceros madrigais...
A lua voltará? Tarde demais...

Nenhum comentário: