sábado, 14 de abril de 2012

BANDEIRAS DESFRALDADAS

BANDEIRAS DESFRALDADAS

Bandeiras desfraldadas nesta torre
Onde avisto chegarem galopantes
Corcéis no céu que morre
Nas colinas em cores deslumbrantes.

Bandeiras desfraldadas nesta cama
Misturas de perfumes e de sonhos,
A voz aveludada não reclama
Os mantos descobertos e risonhos.

Bandeiras desfraldadas nesta busca
Do corpo pela pele que sonhara.
A mão que acaricia, nunca brusca,
Encontra em quente lago uma água clara.

No visgo deste lago me perdi,
Bandeiras desfraldadas, ‘stou aqui!

MARCOS LOURES

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