domingo, 29 de abril de 2012

dança atroz...

dança atroz...

Teu corpo no meu corpo está colado
Na dança atroz que vai queimando tudo;
Com toda a claridade, iluminado.
Roçando... Fico pasmo, quieto, mudo...

As mãos macias sabem deste agrado
Das delícias. Em todas, corte agudo
Na carne desejada, flor e cardo
Entrando devagar, rompendo escudo...

Quero insensatamente tresloucado
Beber do doce cálice da vida.
Quem fora torto, pálido, calado.

Procura em outros rumos a guarida.
Não trago mais os erros do passado,
Minha alma segue em ti, nave perdida...

marcos loures

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