sábado, 14 de abril de 2012

ENLANGUESCENTE

ENLANGUESCENTE

Encontro-te na cama, enlanguescente,
Desnuda serpenteias sedutora.
Vontade de te amar é tão fremente
E salto te pedindo: quero agora!

Tu ris e me desdenhas, ironiza,
Fingindo que não quer o que deseja,
O vento te lambendo leve brisa
Provocando ciúmes; vai, te beija...

Enrosco-me em novelos, tu me travas
Não me deixa sequer pensar partir,
Sofregamente abrindo tuas travas
Aos poucos começando a te sentir,

Nesta voracidade, ondulações,
Das pernas que pressentem furacões...

MARCOS LOURES

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