sexta-feira, 6 de abril de 2012

Refém destas quimeras tão antigas

Refém destas quimeras tão antigas,
Nas ondas deste mar interminável.
Nos recitais da morte, nas cantigas,
Sabendo deste amar inesgotável.
Nos tenebrosos vales da incerteza,
Suado, sem sentido, quase morto.
Sujeito às vãs loucuras da tristeza,
Sem ter, nem madrugada, ao menos; porto.
O mar que, ao longe, brame, violento;
Trazendo, em sua voz, meu infortúnio.
Revolto sob a luz do céu cinzento,
Saudoso desta noite em plenilúnio...
Refém das ilusões da mocidade,
Ancoro em meu amor, tua amizade...

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