sábado, 7 de abril de 2012

UM MERO JOGO

UM MERO JOGO

Não quero a marca amarga do que tanto
Tateias envolvendo cada engano
E mesmo quando após o vão me ufano,
Apenas noutra face, o desencanto,

E sei do que pudesse quando canto
Matando em nascedouro qualquer plano,
O prazo que se faça soberano
E o verso num momento em acalanto,

Mas posso resumir neste não ser
A morte do que possa parecer
O sentimento exposto a ferro e fogo,

O amor já não seria mais capaz
Sequer de imaginar a viva paz
E toda esta bravata é mero jogo...

Loures

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