segunda-feira, 21 de maio de 2012

Desabrigo...

Desabrigo...

Procuro qualquer brilho das manhãs
Distantes quais mortalhas dentro em nós,
A própria sensação de ser o algoz
Tornando as nossas sortes tão malsãs,

Pousando entre palavras toscas, vãs,
O preço a se pagar atando em nós
Caminhos tão diversos negam foz
E os prazos se tramando em minhas cãs.

Restasse além das rugas o sorriso,
Porém não tendo mais o que preciso
Somente em imprecisos dias sigo,

E tento acreditar noutro momento
Enquanto na verdade o pensamento
Carrego sem sentido em desabrigo...

Marcos Loures

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