quinta-feira, 3 de maio de 2012

ESPERO O AMOR, ENFIM...

ESPERO O AMOR, ENFIM...

Um rouxinol se esconde em pleno dia
Tal qual fosse a promessa que fizeste,
Amada, no teu canto a cotovia
Me afugentando lá de onde vieste...

As liras que cantei foram sinceras
No vento mais sutil, eu me entreguei,
Agora o que fazer das primaveras,
Se amar demais persiste como lei?

Talvez um novo canto, sem promessas
Talvez reste o vazio em desencanto
Meu barco naufragado me confessas
Que o tempo que passou talvez foi tanto...

Mas sei que um belo amor não morre assim,
Te espero, sempre espero. Amor, enfim...

MARCOS LOURES

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