segunda-feira, 14 de maio de 2012

Insanidade.

Insanidade.

Não mais que meramente vejo a sorte
Perdida entre meus erros de um passado
Já tanto percebido e renegado,
Marcando com a fonte que se aborte,

Apenas entre as penas, sangue e morte,
O verso noutro tom abandonado
Reverso do que outrora trouxe ao lado
O engodo mais temido, o mesmo corte.

E ridiculamente sigo após
Vencido sem saber sequer de nós
Na ausência mais atroz que se presume,

O tempo nos reveses construído,
O vento noutro rumo e sem ruído
A velha insanidade me consome...

Marcos Loures

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