quinta-feira, 31 de maio de 2012

NÃO TE TER...

NÃO TE TER...

Quando percebo; o fim da noite vem,
Trazendo essa alvorada com o sol,
Manhãs tão radiantes, são promessas,
Da vida renascendo sem tempestas...
Meus medos são desejos não cumpridos.
A sorte nada faz senão mentir...
Me cabe nessa história ser poeta.
À parte do que sinto, nada falo...
Queria transformar os meus caprichos,
Mas omitindo, vou seguindo mudo...
Repito meus dilemas, num soneto;
A morte s’aproxima, mas me calo...
Revendo por rever os meus problemas,
Quem dera nada fosse tão difícil.
Em versos brancos, fiz sentidos vários...
Canários vão cantando, nessa mata.
Me mata essa saudade de você.
Você que me permite então sonhar.
Sonhar que é outra forma de viver...
Viver sem ter segredos, traz verdade;
Verdades são momentos de prazer;
Prazer dos beijos loucos que me deste,
Deste mundo jamais vou me evadir;
Evadir por quê? Sinto essa presença...
Presença mais vital, felicidade...
Felicidade brilha no horizonte.
Horizonte trazendo novo dia...
Dia mais feliz, quero, de fato...
Fatos novos são luzes sobre trevas...
Trevas que na minh’alma são tristezas;
Tristezas por saber que nada sei,
Sei somente do canto que ensinaste,
Ensinaste, depressa, a não morrer...
Morrer dessa saudade, dor cruel,
Cruel como a distância que guardaste,
Guardaste, sem saber a minha luz,
Luz dos teus olhos vão brilhando, cegam...
Cegam um coração vadio, louco...
Louco dessa vontade de saber.
Saber em que caminhos, te perdi...
Perdi na minha luta contra a morte.
Morte que se traduz, em não te ter...

MARCOS LOURES

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