sábado, 5 de maio de 2012

VERVE REGINA CNL e marcos loures

VERVE REGINA CNL e marcos loures

Ser poeta é descrever
O que a verve insiste em desenhar
Quem o lê é preciso estar seguro
Para entender o que poeta quer falar

A penumbra envolve a vida do poeta
Como vento a inspiração logo passa
Captar tudo enquanto a porta é aberta
Caso contrário esvai-se como fumaça

Ser poeta é ser mendigo que espera
É chama acesa que flameja indiferente
No mundo dos normais que não gera
Letras do fogo que lhe arde na mente

Ser poeta é chorar o outono na primavera
Descrever a lua cheia na noite chuvosa
Exaltar o amor sua eterna espera
De encontrar a perfeição no verso e na prosa

Ser poeta é rasgar o coração na palavra
Sangrar o amor que nunca lhe chega
Mentir felicidade mesmo quando triste
Amar a poesia, sobretudo, o que existe.

Um ser às vezes racional. Outra deixo-me levar pelo vento.

Regina cnl.

Viver além do quanto a vida trama
E nisto mergulhar e ser bem mais
Do quanto poderia em tons banais,
Mantendo sempre intensa qualquer chama,

Ousando imaginar que a própria lama
Expresse sentimentos divinais,
Vagando sem temor pelos astrais,
Cantar sem ter pudor o maior drama.

Fazer de uma palavra o seu arado,
Lavrando o quanto fora desdenhado
Semeando decerto o sentimento,

Colhendo ou não colhendo o raro fruto,
A cada novo verso, mesmo bruto,
Lapido o mundo quando e como invento...

Marcos Loures

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