quinta-feira, 28 de junho de 2012

Amor e lágrimas.

Amor e lágrimas.

Não deixe de brincar comigo amor,
As tuas brincadeiras me fazem o mal que necessito.
Por vezes a vontade de morrer
É maior que todo o mar que já chorei.
Não vou ficar me iludindo
Com versos que não sinto,
Cantar amor e felicidade
Quando a alma entra em pânico?
Hipocrisia
E isso é poesia
Vale por um dia
E talvez a vida inteira
Amiga e companheira
Que mente e tanto omite
Que nada mais que se pinte
Nas estrelas deste nosso mar
Que possa me dizer de teu amor
Que morreu sem ao menos começar.
Agora pegue meu braço e vamos dançar
A praça nos espera e não gosta de esperar.
Rodando nessa noite
A noite pede roda
A roda do meu mundo
Segundo que não sinto
Sentindo tua mão
O não prediz o sim,
Assim a noite roda
Nas rodas desta saia
Tanta vida que atrapalha
A morena de dançar
A dança que não sabia
Se viesse ou se veria
Severina como a vida
Severa como a esperança
Que de novo entra na dança
E não para de rodar.
Roda tempo roda mundo
Um coração vagabundo
Procura consentimento
De teu manso sentimento
Sentidos e serventias
Nas serpentinas da alma
Que nada mais acalma
Nem vontade de chegar
Ao sol, ao teu luar
E a emoção que se trama
Deitando na tua cama.
Com vontade de morrer.
Morrer de amor que não veio
No canto desta emboscada
Que, no fundo, deu em nada
A não ser na madrugada
Na mesa deste boteco
Amor fazendo eco
Perdeu o repeteco
Agora?
E agora amor?

MARCOS LOURES

Um comentário:

Celia De Nobrega Lamelza disse...

Dor

Dói aqui dentro uma dor
Dor, que ainda não sabia.
Antes de amar este amor
Que inda não conhecia

Dói, como dói, é fervura
Dor de amor é cela fria
Tristeza de só amargura
De afundar em agonia

Dessa dor que dilacera
Rasga sem dó e tortura
Perde a razão e tritura

Cega de amor, não enxerga.
Essa dor de amor tão pura
A dor, a loucura se enverga.

Um Ser às vezes racional. Outra deixo-me levar pelo vento.

Regina cnl.
00:27 29/06/2012