segunda-feira, 18 de junho de 2012

NOS ESCOMBROS

NOS ESCOMBROS

No silêncio noturno, esta distância,
Casulos tão diversos, soledade...
A voz transcendental remonta infância
Promete assim, talvez, felicidade.

Nos bares e prostíbulos, quem sabe
Na boca meretriz de uma ilusão,
O mundo que me deste que se acabe
Restando quase nada. O coração?

Minhas mãos desarmadas, tudo foi-se,
Apenas um sorriso quase irônico
E o corte tão profundo de uma foice
Deixando o meu viver, assim, agônico.

Abraçado a tais sombras; impreciso,
Encontro nos escombros, paraíso...

MARCOS LOURES

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